|
Marco Antonio Teixeira/CPB |
Modalidade que exige concentração, técnica e prática, o tiro esportivo está nos Jogos Paralímpicos desde a edição de 1976, em Toronto. A princípio, apenas homens participavam. Quatro anos depois em Arnheim 1980, as mulheres entraram na disputa. Hoje, existem provas mistas, masculinas e femininas no programa, formato que está fixado desde Atlanta-1996.
VEJA TAMBÉM: Guia Paralimpíada Paris 2024 - TRIATLO
Há dois tipos de armas nos Jogos Paralímpicos, carabina e pistola, e há duas classificações, SH1 e SH2, de acordo com o equilíbrio, mobilidade dos membros, força muscular e o grau de funcionalidade do tronco. Nacionalmente, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e, internacionalmente, pela Federação Internacional de Esportes de Tiro (ISSF).
O formato da competição é muito semelhante ao do esporte de tiro para pessoas sem deficiência - o objetivo do tiro é colocar uma série de tiros dentro do anel central (' alvo ') do alvo. O alvo é composto por 10 anéis de pontuação concêntricos com uma pontuação de 1 a 10; o anel central dá 10 pontos. Em muitos eventos - para mostrar a habilidade e precisão dos atletas - os anéis de pontuação são subdivididos em mais 10 zonas de pontuação para dar um sistema de pontuação decimal , com 10,9 sendo o centro do alvo e a maior pontuação possível por tiro.
A história do tiro paralímpico no Brasil é recente. O esporte deu seus primeiros passos no país em 1997, no Centro de Reabilitação da Polícia Militar, no Rio de Janeiro. O Brasil fez sua estreia paralímpica em 1976 e só voltou nos Jogos de Pequim 2008, com o atleta Carlos Garletti e até o momento, o Brasil participou de apenas cinco edições de Jogos Paralímpicos no tiro esportivo e nunca conquistou uma medalha.
Além de Carlos, o Brasil teve outros três representantes na última edição: Alexandre Galgani, Débora Campos e Geraldo Rosenthal. Nenhum deles, porém, conseguiu passar pelas eliminatórias. Quem chegou mais perto foi Galgani, com o 10º lugar na rifle de ar 10m SH2 (apenas os oito avançavam) em Tóquio-2020.
CLASSIFICAÇÃO
A classificação dos atletas é feitas de acordo com o equilíbrio, a mobilidade dos membros, a força muscular e o grau de funcionalidade do tronco. Atletas com diferentes tipos de deficiência podem competir juntos. Dependendo da classe (SH2), eles podem usar suporte para arma. Os atletas são divididos em duas classes, SH1 e SH2.
SH1: atiradores de pistola e de carabina que não requerem suporte para arma
SH2: atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os braços e precisam de suporte para atirar
VOCÊ SABIA?
- Para se ter uma ideia do nível de precisão necessário para um atirador de alto rendimento, em eventos de carabina de ar comprimido os atletas atiram em um alvo que tem apenas 0,05 cm de largura - que é tão grande quanto um ponto final em uma página impressa
- O sueco Jonas Jacobsson é o atleta de tiro esportivo com mais medalhas (30) do que qualquer outro atleta paralímpico, ganhando 17 ouros em 10 Paralimpíadas na carreira.
BRASILEIROS EM PARIS-2024
SH2 - Alexandre Galgani e Bruno Kiefer
Programação
30/8 - Carabina de ar 10m SH2 em pé (eliminatórias e final)
1º/9 - Carabina de ar 10m SH2 deitado (eliminatórias e final)
3/9 - Carabina de ar 50m SH2 deitado (eliminatórias e final)
Análise (Por Marcos Antonio)
Como a medalha é um sonho distante, Alexandre Galgani e Bruno Kiefer tem um objetivo em Paris: chegar em uma final paralímpica, feito inédito para o tiro esportivo paralímpico do Brasil. Galgani quase conseguiu em Tóquio e como melhor atirador paralímpico do Brasil já alguns anos, é a maior esperança para atingir este feito.
0 Comentários