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Equador, país da marcha atlética: Daniel Pintado e Glenda Morejón conquistam prata no revezamento misto

Glenda e Daniel comemoram com a bandeira do Equador na frente da torre Eiffel
Glenda Morejón e Daniel Pintado conquistam a segunda medalha do Equador em Paris 2024. Foto: Reuters

"Uma foto, uma foto". Foi com esse pedido para eternizar um momento que Daniel Pintado e Glenda Morejón foram recebidos pelos jornalistas equatorianos na zona mista após a dupla conquistar a medalha de prata no revezamento misto da marcha atlética. 

Uma medalha histórica, de fato, já que Glenda tornou-se a primeira mulher equatoriana medalhista olímpica na marcha. No masculino, Pintado conhecia o caminho da vitória. No dia 1º de agosto, ele se sagrou campeão olímpico na prova masculina, conquistando a primeira medalha equatoriana em Paris 2024. Com a prata, se igualou a Jefferson Pérez, também atleta da marcha, como maior medalhista olímpico equatoriano. 

A verdade é que uma [medalha] era suficiente, mas duas (suspiro). Muito obrigado a Deus e a todas as pessoas que fizeram parte disso. Isso é para todo o país e estamos muito felizes. Agora é descansar e passar um tempo com nossas famílias e, com o tempo, continuar fazendo história", disse Daniel.
Daniel na prova a frente de seu adversário
Daniel tornou-se o maior medalhista olímpico equatoriano. Foto: EFE

Se Daniel já está um pouco mais acostumado com o pódio olímpico, Glenda tentou descrever a sensação de conquistar sua primeira medalha:

Ainda não caiu a ficha. Estou muito feliz por ter dado tudo de mim, é isso que eu queria sentir nessas competições, dar tudo de mim até os últimos quilômetros. Nessa competição, eu não conseguia mais sentir meu corpo. Eu estava com dores por todos os lados e só dizia que Deus me desse muita força para terminar bem e, acima de tudo, para garantir a medalha de prata.

A atleta ainda comentou sobre a reta final da prova, em que estava com duas punições sendo pressionada pela australiana Jemima Montag:

Faltando cerca de 5 km para o final, eu senti e pude ver que a garota da Austrália estava me cortando, então eu disse que precisava garantir aquela medalha por causa do esforço que Daniel e eu fizemos, e estou realmente muito feliz e muito grata por tudo e por essa medalha.
Glenda é a primeira equatoriana medalhista olímpica na marcha atlética. Foto: Reuters.

Das sete medalhas olímpicas que o Equador possui em toda sua história, quatro são da marcha atlética. Segundo jornalistas equatorianos, apesar do esporte não ser tão popular, há um "Efeito de Jefferson" que se iniciou após o atleta conquistar a primeira medalha olímpica do país em Atlanta-1996. 

Após esse feito, sua cidade natal, Cuenca, tornou-se referência para a prática da modalidade, influenciando outros atletas a praticarem o esporte e a seguir para o alto rendimento. Daniel, por sua vez, beneficiou-se dessa infraestrutura. Sua escola foi criada pelo pai de seu atual treinador, Andrés Chocho, que acompanhou a carreira de Jefferson. 

Daniel, com 29 anos, e Glenda, com 24, encerram suas participações em Paris com a certeza que poderão buscar mais feitos históricos em Los Angeles-2028 e seguir inspirando novas gerações equatorianas na marcha atlética. 

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