Últimas Notícias

Cavaleiros brasileiros tentam ‘transformar’ prata em ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris

Cavaleiros brasileiros tentam ‘transformar’ prata em ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris
Foto: Wander Roberto/CPB






O Brasil será representado por dois cavaleiros nos Jogos Paralímpicos de Paris. Após o país ganhar quatro bronzes e uma prata em edições anteriores, o brasiliense Sérgio Oliva, 42, e o paulistano Rodolpho Riskalla, 39, buscam o inédito ouro.

Ambos são medalhistas paralímpicos. Sérgio tem dois bronzes, conquistados nos Jogos do Rio 2016, nas provas de adestramento individual e no estilo livre individual grau I (atletas com comprometimento severo nos quatro membros).

Rodolpho era cavaleiro do hipismo convencional, com passagens pela equipe brasileira. Porém, adquiriu meningite bacteriana em 2015 e teve parte da mão e das pernas (abaixo do joelho) amputadas. O atleta já havia acompanhado competições de paraequestre e resolveu ingressar na modalidade dois meses após sua recuperação. Atualmente Rodolpho reside na Alemanha, mas considera a França como a sua segunda casa.

“Agora bem perto dos Jogos, já estamos mais em uma fase de concentração, sabemos o que fazer, o cavalo sabe o que fazer. É manter a rotina, descansar, deixar a energia para quando chegar lá. E vou chegar no dia 27, para participar da cerimônia de abertura no dia 28, faço questão de estar lá. Em Tóquio não foi possível [por causa da pandemia de Covid-19], vai ser especial”, afirmou Rodolpho.

Rodolpho teve o melhor resultado do ciclo atual na modalidade, com dois bronzes no mundial de hipismo paralímpico disputado em agosto de 2022, na cidade de Herning, na Dinamarca. Ele ficou em terceiro nas categorias estilo livre e prova técnica individual grau IV. Em Paris, ele disputará uma nova categoria, a grau V (comprometimento leve em um ou dois membros; atletas com deficiência visual leve).

“No meu grau está uma situação que ninguém sabe muito bem como será a prova, como será a disputa. Ninguém sabe muito bem como será a performance. A campeã paralímpica em Tóquio (Sanne Voets) está com o mesmo cavalo (Demantur), mas com três anos a mais, isso influencia também. Vamos batalhar para estar no pódio e acho que a maior chance é no estilo livre”, disse Rodolpho.

O evento na Dinamarca foi o último com a montaria Don Henrico, propriedade da ex-amazona olímpica alemã Ann-Kathrin Lisenhoff, que se aposentou. Foi com Don Henrico que Rodolpho ganhou a prata em Tóquio. Agora o conjunto é formado com Denzel, sua nova montaria.

“A mudança do conjunto sempre acaba influenciando um pouco, é uma equipe. Eu já tinha anos junto com o Don Henrico, então sempre é mais difícil achar um cavalo novo e performar bem tão rápido. Mas acho que temos chance de pódio, de estar entre os três melhores. Entre os cinco na briga, e apertar ali para estar no pódio”, disse Rodolpho.

O Brasil já disputou seis edições paralímpicas no Hipismo. Em Paris 2024, o programa de provas estreia no dia 3 de setembro e vai até 7 de setembro, véspera do encerramento da do megaevento.

Competem no hipismo homens e mulheres que tenham deficiência físico-motora ou visual. A estreia paralímpica da modalidade ocorreu nos Jogos de Nova Iorque (EUA), em 1984. Três anos depois foi realizado o primeiro Mundial, na Suécia. A modalidade só voltaria ao programa oficial nos Jogos Paralímpicos de Sidney 2000. A única disciplina do hipismo no programa paralímpico é o adestramento, com as seguintes provas: individual, estilo livre individual e por equipes.

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar