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Caio Bonfim: "Ganhei muita medalha olímpica em sonho e foi uma emoção única finalmente receber uma"

Wagner Carmo/CBAt


O marchador Caio Bonfim (CASO-DF) recebeu na última sexta (3) no Stade de France, sua medalha de prata conquistada na prova dos 20km da marcha atlética. Em sua quarta participação olímpica, Caio Bonfim finalmente conseguiu a tão sonhada medalha olímpica e após a cerimônia, falou sobre o momento:

"Foi uma emoção única pode receber finalmente essa medalha e colocar no peito! Eu me lembrei de 2008, na feira de ciências da escola, com o tema Olimpíadas. Eu falava que eu estaria na Olimpíada um dia. A Maurren (Maggi) ganhou a medalha e eu vi o pódio, todo aquele momento, e me lembrei disso. Momento muito especial, de estar aqui vivendo esse sonho. Foi muito, muito legal" disse Caio com lágrimas no olhos

Caio lembrou de todas as suas tentativas anteriores e lembrou de todas vezes que sonhou estar recebendo uma medalha olímpica e este momento finalmente aconteceu: " Não estou acostumado a ouvir 'medalhista olímpico', mas sempre foi um sonho, eu cresci ouvindo sobre o Joaquim Cruz. Para mim, é um momento muito especial, que representa toda uma vida, desde sempre. Eu queria ter a ousadia de 2016 e a experiência de Tóquio, e deu certo. E fica a mensagem de que a gente pode sonhar. Quem está no interior do Brasil como eu, vindo de Sobradinho, cidade-satélite de Brasília, pode sonhar. Eu já ganhei muita medalha olímpica sonhando... As pessoas me perguntavam: 'você vai viver do quê?', quando eu era menino, 'faz marcha atlética, mas vai trabalhar em quê?' Então... nós somos medalhistas olímpicos!”

Caio também relembrou da carreira de sua mãe, que não conseguiu ir para a olimpíada de Atlanta-96 e 28 anos depois, foi medalhista olímpica como treinadora: "Quando eu passei a linha de chegada, no Rio, eu pensei: 'será que vou ter outra oportunidade para chegar ao pódio?'. Mas aquele resultado abriu portas para mim. Depois da Olimpíada do Rio, o som que vinha após a buzinada, pelas janelas dos carros, era: 'vamos, campeão'. Eu comecei com 16 anos, depois de jogar futebol, porque era muito difícil ser marchador. Minha mãe fez índice para Atlanta-1996 e por causa de mudança nos critérios ela não foi. Hoje está na quarta Olimpíada e somos medalhistas olímpicos. Aqui está o trabalho de uma vida. "

Mas a olimpíada não acabou para Caio Bonfim. ele ainda vai participar do revezamento misto da marcha atlética, uma novidade para esta esta edição. A Prova acontece na quarta (7), às 2:30 da manhã e ele, que disputar em dupla com Viviane Lyra, afirmou que vai estudar sobre o trajeto e a tática para se manter bem preparado para brigar por medalha: "Os homens começam correndo 12 km e 195 m, e depois marcha 10 km e 10 km, em revezamento, e a mulher termina com 10 km. Você corre e daí fica esperando. Esse é um trabalho em que nos juntamos com os fisiologistas para entender como funcionaria e estar na segunda perna da melhor maneira possível"


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