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Um quarto das jogadoras de futebol feminino ainda mantém um segundo trabalho além do esporte, afirma estudo da FIFPro

Vic Albuquerque, do Corinthians, protesta após gol (Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians)
Vic Albuquerque, do Corinthians, protesta após gol (Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians)

 

A FIFPro, sindicato internacional dos jogadores de futebol, divulgou nesta segunda (17), o resultado de uma pesquisa sobre o futebol feminino realizada em 12 países e mostrou números que ainda preocupam em relação a modalidade.

Uma delas é a porcentagem de atletas que ainda tem que manter um segundo emprego para poder completar a renda, 27%, ou seja um quarto das atletas de elite, ainda tem que trabalhar além do futebol. Foram entrevistadas 736 atletas de 12 países: Austrália, Botswana, Brasil, Chile, Coreia do Sul, Estados Unidos, Fiji, México, Nova Zelândia, Nigéria, Países Baixos e Suécia.

A própria pesquisa alerta que manter um segundo trabalho pode prejudicar a atleta, gerando lesões e afetando a saúde mental das jogadoras. Por isso, o estudo recomenda que parceiros ao redor do mundo inteiro ajudem para melhorar essa situação, sendo beneficiados com mais jogadoras com talento tendo acesso ao esporte.

A remuneração ainda é um ponto que chama bastante a atenção. 52,8% das jogadoras de elite no mundo inteiro recebem menos que 5 mil dólares por ano para jogar. Aumentando a quantia para 19 mil dólares (103 mil reais) por ano, a porcentagem aumenta para 73.9%.

Em relação ao Brasil, a pesquisa mostrou que apenas 5% das entrevistadas tem que manter um trabalho além do futebol, mas em relação ao salário (em dólar), a maioria recebe entre mil e 5 mil. O país com o melhor salário para as jogadoras foi os EUA, com quase 30% recebendo entre 60 e 90 mil dólares por ano.

Sede da última copa, a Nova Zelândia tem um número alto de atletas que não recebem para jogar, 66.7%, enquanto 8,8% recebem mais de 180 mil dólares por ano. A situação mais preocupante é a de Fiji com 93% não recebendo e 7% entre 1 e 999 dólares por ano.

Recentemente, a FIFA anunciou algumas mudanças para o futebol feminino, como a redução de dias das Data-FIFA para melhorar a logística das viagens e também um período mínimo de 14 semanas de licença-maternidade. No mês passado, a entidade ainda confirmou a criação do Mundial de Clubes feminino, com a primeira edição em 2025.

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