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Foto: Divulgação |
O relógio está andando cada vez mais rápido. Nesta quinta-feira (6), faltarão somente 50 dias para a abertura dos Jogos Paris 2024, o maior evento multiesportivo do planeta. O clima de ansiedade já toma conta dos atletas que irão participar dos Jogos da XXXIII Olimpíada da era moderna, entre eles os integrantes do Time Ajinomoto, que estarão em busca de resultados históricos para o esporte olímpico brasileiro nas pistas, tatames, piscinas e ginásios.
“Bate uma ansiedade porque é um evento hiper diferenciado. Todo atleta sonha em participar de uma Olimpíada, é o objetivo da carreira. Esta será minha quarta participação e a experiência acaba ajudando a dar uma certa tranquilidade e focar muito na preparação”, afirma Rafael Silva, o Baby, dono de duas medalhas de bronze no judô, em Londres 2012 e Rio 2016.
“A ansiedade está muito alta. Tenho treinado muito e focado na alimentação para chegar em Paris na minha melhor forma. Estarão na linha de largada os maiores maratonistas da história e será uma prova extremamente difícil, principalmente por conta da altimetria e das temperaturas elevadas”, revela Daniel do Nascimento, atual recordista sul-americano da maratona (2h04min51s) e o atleta não africano mais rápido do mundo nesta prova.
“É uma ansiedade diferente do que tive para os Jogos de Tóquio. Agora chego em outra situação, um pouco mais experiente e já sabendo como será o clima de competição que irei encontrar em Paris”, diz Fernando Scheffer, da natação, que levou o bronze nos 200 m livre nas Olimpíadas realizadas em 2021, no Japão.
Atual campeã olímpica dos 10 km de águas abertas, Ana Marcela Cunha tira um pouco do peso psicológico desta reta final. “Estou bem tranquila e deixando o friozinho na barriga para o dia da prova, em 8 de agosto”, assegura a nadadora. Será a quarta participação de Ana Marcela em jogos olímpicos, depois de competir em Pequim 2008, Rio 2016 e Tóquio 2020.
Bruna Takahashi, melhor atleta do Brasil no tênis de mesa feminino, acredita que chegará em Paris pronta para fazer uma campanha inesquecível. “Estou muito animada, porque sei que melhorei o meu nível técnico neste ciclo olímpico”, admite a integrante do Time Ajinomoto, que neste ano vem se mantendo no top-20 do ranking mundial da ITTF (Federação Interacional de Tênis de Mesa).
Treinos e competições antes de Paris
Nestes 50 dias que restam antes da abertura dos Jogos de Paris, os atletas estão seguindo diferentes estratégias na preparação. “No momento, estou num período de ganho de força e depois a gente entra em potência e resistência de força. Mais para o final, eu diminuo o tempo de treino, mas a intensidade é muito alta, tudo para conseguir ter uma super compensação já pensando no dia 2 de agosto, data da minha primeira luta”, explica Rafael Silva.
“As competições acabaram. Agora sigo treinando, acompanhada pela minha equipe multidisciplinar, e já tenho programado um treinamento em altitude antes de chegar a Paris”, afirma Ana Marcela Cunha. Da mesma forma, Daniel do Nascimento está concentrado apenas na reta final da preparação. “Minha carga de treino só é reduzida 20 dias antes da prova, ou seja, 20 de julho. Até lá, meus volumes de treino só têm subido. Não farei nenhuma competição até os Jogos, e o foco é total na parte técnica e na parte psicológica”, destaca.
Alguns, contudo, seguirão alternando treinos e competições. “Minha programação seguirá basicamente a mesma, equilibrando a parte física, mental e nutricional. A diferença é que ficarei mais tempo competindo e treinando no exterior”, explica Fernando Scheffer, que terá uma competição na Itália (Troféu Sette Colli) e treinamentos em Portugal e Espanha. “Esta fase final é muito corrida. Ainda tenho alguns torneios, pois preciso buscar um lugar entre as 16 melhores do mundo, que irá me ajudar a obter uma posição melhor na chave individual das Olimpíadas”, diz Bruna Takahashi.
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