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Diogo Soares afirma que Paris ainda não será a sua Olimpíada, mas avisa: "se surgir uma brecha, vamos estar brigando"

Alexandre Loureiro/ CBG


O ginasta Diogo Soares vai para sua segunda olimpíada com um novo status. Aos 22 anos, o brasileiro pinta como protagonista. Garantido em Paris desde a participação do último mundial de ginástica em 2023, Diogo  falou em entrevista exclusiva ao Surto Olímpico sobre essa nova condição de ir a uma olimpíada sem ter toda a equipe masculina - que não se classificou para os Jogos:

"Em Tóquio estava com a equipe e com estes atletas eu aprendi muito, com o Nory eu aprendi muito e com o Caio Souza aprendi muito também, então todos esses atletas que estavam lá me passaram muitos ensinamentos. E eu acho que será um pouco complicado (em Paris) porque não vai ter aquele suporte de equipe que que é muito importante. Mas eu acho que eu vou pegar tudo que eu aprendi em Tóquio com a equipe e tentar utilizar tudo comigo e com mais o outro atleta que que vai. E a gente vai estar ali em dois e se ajudando. Eu acho que a gente vai passar por isso muito bem." explicou

Diogo também contou que a preparação olímpica de Paris já começou logo após a participação em Tóquio e que o tema principal para ele neste últimos anos foi de mudanças: mudanças de séries para se apresentar na olimpíada: 

"No começo é bem difícil, entendeu? Porque muitos exercícios novos acabam que interferem tanto na parte física, mas acho que o principal é a parte mental, porque como o exercício é novo você gasta mais energia, você pensa mais, você se preocupa mais em fazê-lo correto, ele não sai naturalmente e então teve todo esse processo de de implementar alguns exercícios novos pra dificultar a série, dificultar a nota. Outra fase é da limpeza dos exercícios, porque fazer ele é uma coisa, mas fazer ele limpo, sem erros é outra coisa. Então, a gente tentou trabalhar bastante nisso." 

Diogo acrescentou que o momento mais preocupante no ciclo foi a lesão que ele sofreu: "Houve alguns algumas pedrinhas no caminho que foram a minha lesão no pé e isso acarretou muito aprendizado, a gente aprendeu muito porque foi uma primeira lesão séria. E o processo pra voltar no ritmo, voltar no no nível de treinamento que a gente tava, é um pouco demorado e um pouco chato, tem muita coisa que você tem que ficar repetindo. O básico tem que ser repetido muito bem. Sem contar a fisioterapia, tu mora na fisioterapia. Isso acaba que tem que cuidar bastante da cabeça também. "

Em Paris, Diogo deixa claro que ele não se considera  um dos favoritos ao pódio em Paris e que esta não vai ser a sua olimpíada. Sua expectativa é executar suas série da melhor maneira possível para chegar bem colocado no individual geral e se rolar uma brecha, aproveitá-la para brigar pelo pódio:

"É não pensar em medalha, não pensar em final, é chegar lá, fazer as séries bem feitas e tirar a pontuação que a gente espera fazer na hora. Essa Olimpíada não será a minha, mesmo sabendo que são poucas olimpíadas que o atleta participa. Mas a gente vai tentar aproveitar todas as oportunidades e se surgir uma brecha de alguma coisa, a gente vai estar ali brigando, buscando e independente do resultado, independente de qualquer coisa, a gente quer ir pra lá sabendo que a gente deu nosso melhor nos treinos, deu o nosso melhor na competição, deu o nosso melhor no dia. E se o nosso melhor se juntar com uma alguma porta aberta durante a competição, a gente vai se jogar nessa porta aberta, vai aproveitar a oportunidade. Seja o que Deus quiser. " concluiu

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