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Agência antidoping do Quênia suspende 33 atletas do país por doping

ADAK suspende 33 atletas quenianos por doping
Foto:Reprodução/AFP


Um número sem precedentes de 33 atletas foram suspensos provisoriamente pela Agência  de Antidopping do Quénia (ADAK) por violarem várias regras de dopagem. Os suspensos incluem 26 do atletismo, sendo outros três no basquete e no rugby e um no handebol.


Este é o maior número de atletas suspensos pela ADAK por doping desde janeiro do ano passado, quando a bandeira vermelha foi levantada em em 20 atletas.


Entre os suspensos estão o campeão da Maratona de Amsterdã de 2023, Joshua Belet, e o jogador de rugby da KCB, Brian Wahinya.


Belet, 26 anos, foi suspenso pela presença de esteróides anabólicos androgênicos proibidos, testosterona, adiol, pregnanediol, androsterona e etiocolanolona.


Ele representou o Quênia na maratona no Campeonato Mundial de Atletismo do ano passado em Budapeste, Hungria.


A ADAK concluiu ainda 16 casos para anunciar proibições variadas de até um máximo de quatro anos.
O oficial jurídico da ADAK, Bildad Rogoncho, atribuiu o aumento dos casos de doping ao aprimoramento dos testes depois que o governo impulsionou os programas antidoping no país com Sh600 milhões anualmente.


Rogoncho disse que os fundos lhes permitiram visitar campos em todo o país para realizar mais testes fora de competição. especialmente em atletas de competição de segundo e terceiro escalões.


"Não tínhamos a maior parte dos dados destes atletas devido à falta de recursos, mas agora temos capacidade para chegar a muitos e queremos agradecer ao Athletics Kenya por isso", disse Rogoncho.


Os responsáveis legais da ADAK disseram que todos aqueles que se doparam não escaparão para competir, uma vez que os seus documentos de viagem serão sinalizados na imigração.


"Também estamos colaborando com outras agências nacionais antidoping fora do país para que testem atletas quenianos em qualquer corrida ao redor do mundo", disse Rogoncho.


"Alguns desses atletas vão competir em corridas menores, até no Peru, pensando que não estamos lá."


Belet, que conquistou o bronze em Hamburgo no ano passado, não conseguiu terminar a corrida num campeonato em que os atletas quenianos perderam os lugares do pódio.


O ano passado marcou sua temporada de estreia na maratona completa.


Também suspensos estão Dorcas Jepchumba Kimeli, que representou o Quênia no Campeonato Mundial de Meia Maratona de 2020, terminando em 11°, e o campeão mundial sub-20 de 5.000 m de 2012, David Kiprotich Bett.
Jepchumba foi acusado de adu

lterar ou tentar adulterar qualquer parte do controle de doping enquanto as amostras de Bett continham a presença da substância proibida 19-norandrosterona Os velocistas Duque Osoro Ogoti e Joan Jeruto também estão na lista dos atletas suspensos.


Ogoti testou positivo para esteróides anabólicos androgênicos enquanto Jeruto evitou, recusou e não se submeteu à coleta de amostra.


Wahinya, ex-jogador do Kenya Simbas e do Kenya Sevens, foi suspenso ao lado de outros jogadores de rugby Charlton Mokua e Zeden Lutomia Marrow (ambos do Kenya Harlequin).


Os três foram suspensos devido à presença da substância proibida Canabinoides que está ligada à cannabis sativa.


Os jogadores de basquete Alex N'sasse Ramazani e Albert Einstein Onyango Odero (Nairobi City Thunder) também enfrentam acusações semelhantes pela presença de canabinoides.


Outro jogador de basquete, James Mwangi Maina (Nairobi City Thunder), teve a presença de substâncias estimulantes proibidas/metilenodioximetanfetamina.


Rogoncho disse que os atletas afetados têm a oportunidade de discutir seus casos antes que uma decisão final seja tomada.


"Se consumiram cannabis sativa pouco antes dos jogos, isso representa uma proibição direta de dois anos. No entanto, se o retirarem da competição e puderem provar que não o utilizaram para melhorar o desempenho, terão três meses", disse Rogoncho.


"Se eles se declararem culpados e aceitarem ir para a reabilitação, serão suspensos por um mês."





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