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Campeonato Regional de Esgrima em cadeira de rodas das Américas, em São Paulo, define classificação a Paris 2024

Campeonato Regional de Esgrima em cadeira de rodas das Américas, em São Paulo, define classificação a Paris 2024
Foto: Rosete Sanchotene



Chegou a hora de carimbar o passaporte rumo a Paris. A partir desta quinta-feira (16), até a próxima segunda (20), o Brasil conhecerá seus representantes na paraesgrima nos Jogos Paralímpicos 2024. As vagas serão definidas no Campeonato Regional das Américas, cuja disputa ocorre nas pistas do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo-SP.

A competição, organizada pela CBE sob chancela da IWAS – Federação Internacional do Esporte para Amputados e Cadeirantes -, terá disputas na espada, florete e sabre, individuais e por equipes – nos dois naipes.

No total, 18 atletas brasileiros (12 no masculino e seis no feminino) lutarão por pontos no ranking que ajudarão a garantir vagas nos Jogos Paralímpicos. E um deles merece um capítulo à parte: o gaúcho Vanderson Chaves.

Força, Vanderson!

Vanderson enfrenta um panorama imensamente desafiador. A tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul o vitimou fortemente, a exemplo do que ocorreu com muitos de seus conterrâneos. Seu apartamento, situado no andar térreo de um edifício em Porto Alegre, foi totalmente inundado pela enchente, fazendo com que perdesse sua moradia e praticamente todos os seus bens físicos.

Mesmo com toda a carga emocional a que foi submetido, proveniente das dificuldades impostas pelo desastre, Vanderson não abre mão de focar na sua performance em pista. Ele garante que, apesar do ocorrido, sua meta é cumprir um bom desempenho no Regional das Américas e garantir vaga em Paris.

“É uma competição importante, porém com um sentimento diferente diante de tudo o que ocorreu. Sou atleta e tenho que seguir em frente, mas não está sendo fácil trabalhar com as emoções que estou sentindo. Mas esse torneio é importante e quero muito essa vaga nos Jogos Paralímpicos”, afirmou Vanderson Chaves, completando:

“De certa forma, essas dificuldades servem também como uma forma de motivação, superação. Confesso que cheguei a desanimar logo após o que ocorreu, fiquei até sem vontade de competir. Mas cheguei à conclusão de que preciso superar mais esta barreira; não vai ser fácil, mas o suporte, a ajuda que tenho recebido de todos está me servindo como motivação para superar o desafio”, concluiu Vanderson, que já teve o privilégio de representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

A comunidade da esgrima está voltada para Vanderson, apoiando-o com doações e energia positiva. Mas a ajuda de todos é muito bem vinda neste momento de reconstrução de sua vida pessoal. Inclusive, uma vaquinha virtual foi realizada para o atleta no endereço PIX 1202@Vakinha.com.br.

Destaques

A torcida por Vanderson Chaves, dentro e fora das pistas do Centro Paralímpico Brasileiro, será grande, tal qual ele merece. Mas outros brasileiros também estão na luta por vaga em Paris. E um já está com a vaga assegurada, o principal destaque do país na modalidade: Jovane Guissone.

Medalhista de ouro em Londres 2012, e de prata em Tóquio 2020, Jovane vai para sua quarta participação consecutiva em Paralimpíadas. Atualmente, é sexto colocado no ranking mundial da espada B, sua arma de preferência.

Entre os que ainda buscam a vaga, Kevin Damasceno, de apenas 19 anos, é um nome pelo qual o Brasil nutre esperança. Campeão mundial sub-23 em 2022 no Brasil, e medalhista em outras duas edições (Coreia do Sul, em 2023, e Tailândia, em 2024) da mesma competição, Kevin, especialista no sabre, quer fazer sua estreia em Jogos Paralímpicos.

Outros brasileiros de destaque são Mônica Santos (que a exemplo de Vanderson Chaves tenta se classificar para a terceira participação em Jogos Paralímpicos), Carminha Oliveira, Lenílson de Oliveira e Rayssa Veras. Nos Jogos de Tóquio 2020, o Brasil foi representado, nas disputas individuais, por Jovane Guissone, Vanderson Chaves, Carminha Oliveira e Mônica Santos.

Ao todo, disputarão o Campeonato Regional das Américas paraesgrimistas de oito países: Brasil, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Venezuela, Costa Rica e Jamaica.

Compondo as atrações internacionais, atletas bem ranqueados, casos dos argentinos Carlos Freitas e Hugo Alderete; dos canadenses Trinity Lowthian e Ryan Roussel; e dos representantes dos EUA Ellen Geddes, Scott Rodgers, William Schoonover e Noah Hanssen, entre outros.

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