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Brasil e China terminam segundo dia do Mundial de atletismo em Kobe com disputa acirrada pelo topo

 

O paraibano Cícero Nobre ergue bandeira do Brasil após medalha de ouro em Kobe 2023. Ele é moreno e usa óculos
Foto: Alê Cabral/CPB

O Brasil encerrou o segundo dia do Mundial de atletismo em Kobe, no Japão, na frente da China no quadro geral de medalhas, assim como foi na abertura, a sexta-feira, 17. Após se alternarem no topo da tabela ao longo da manhã deste sábado (no Brasil), 18, os brasileiros terminaram na liderança com 11 pódios no total, sendo seis ouros, quatro pratas e um bronze. Os chineses empatam em número de ouros, mas têm três pratas e sete bronzes, com 16 conquistas no total. 

A medalha que decretou a vantagem da Seleção Brasileira sobre os asiáticos neste dia foi do paraibano Cícero Nobre, que conquistou seu bicampeonato mundial no lançamento de dardo F57 (que competem sentados). Com o título mundial, Cícero ainda conquistou a sua vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, já que a medalha de ouro em Mundiais é um dos critérios de entrada de classificação elaborados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Todos os atletas, porém, precisam aguardar tal confirmação por meio da convocação oficial, que será realizada até a primeira quinzena de julho

Ainda nesta manhã, o velocista fluminense Ricardo Mendonça também obteve sua segunda medalha em Mundiais ao vencer a prova dos 100m da classe T37 (paralisados cerebrais). A maranhense Rayane Soares também conquistou uma medalha para o Brasil no dia com a prata nos 100m T13 (deficiência visual).

Ricardo Mendonça, que havia feito o melhor tempo geral das eliminatórias (11s49), confirmou seu favoritismo na prova final com o tempo de 11s30. Com isso, o velocista de Natividade (RJ) conquistou o bicampeonato mundial depois de vencer a mesma disputa em Paris 2023, quando completou a distância em 11s21. Ele também é o atual campeão parapan-americano dos 100m T37.

“Consegui acertar a saída, desenvolvi uma boa prova e conseguimos essa marca boa, com outro título. O Mundial do ano passado é muito especial porque foi o primeiro. Esse agora tem um outro peso, de estar no Japão novamente [após os Jogos de Tóquio] e conseguir repetir o feito. Mas a emoção vai ser sempre a mesma. Estou muito feliz. Tudo pode acontecer em Paris 2024 e eu quero mais”, afirmou Ricardo, que ainda vai correr os 200m na competição.

O atleta neutro Andrei Vdovin ficou com a prata, com 11s54, e o indonésio Saptoyogo Purnomo levou o bronze, com 11s63. Outro brasileiro envolvido na disputa, o acreano Edson Cavalcante chegou na quarta colocação, com 11s77.

Já o paraibano Cícero Nobre, que havia sido medalhista de bronze na mesma prova do Mundial do ano passado, voltou a repetir o seu feito de Dubai 2019 e conquistou o seu segundo ouro no lançamento de dardo F57 em Mundiais com a marca de 50,18m. De quebra, a marca ainda selou a sua vaga para os Jogos de Paris 2024. O turco Muhammet Khalvandi (49,80m) e o iraniano Amanolah Papi (49,61m) completaram o pódio.

“Procuro fazer na competição o que planejamos dentro dos treinos. Vim para essa prova com o objetivo de romper os 50 metros. Então, foi uma excelente prova e com o mais importante: a medalha de ouro e a vaga para Paris 2024. Vamos em busca agora dos 51 metros, do recorde mundial para continuar com a nossa evolução”, disse o atleta que tem má-formação congênita bilateral nos pés. 

A maranhense Rayane Soares conquistou a outra medalha brasileira do dia no Japão ao conquistar a prata nos 100m T13. A atleta, que nasceu com uma má-formação nos globos oculares, fez o tempo de 12s41 e completou a distância somente atrás da azeri Lamiya Valiyeva, com 11s94.

Rayane havia sido medalhista de bronze na mesma prova em Paris 2023. “As minhas adversárias eram muito fortes. Mas eu consegui fazer o meu melhor. Estou feliz pela corrida que eu fiz”, analisou. Ela ainda vai competir nas provas dos 200m e 400m T13 em Kobe. 

Na noite desta sexta-feira, 17, dois brasileiros entraram em ação na pista do estádio Kobe Universiade Memorial Stadium. O fluminense Felipe Gomes venceu a sua bateria pelas eliminatórias dos 400m T11 (deficiência visual) em 53s22 e avançou à final, que vai ocorrer às 23h12 deste sábado (do Brasil). Já a paranaense Aline Rocha disputou a final dos 5.000m T54 (competem em cadeiras de rodas) e acabou na última colocação, com 11min42s32. A vencedora da prova foi a chinesa Tian Yajuan, com 11min41s76, cravando o novo recorde da competição.

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