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| Foto:Cait Miers/WSL |
O Bonsoy Gold Coast Pro apresentado por GWM deu a largada na corrida por vagas na elite do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2025 na Austrália. Na pista de direitas perfeitas de Snapper Rocks no sábado, foram realizadas as primeiras fases das categorias masculina e feminina. Um total de 24 surfistas da América do Sul, participa dessa primeira etapa do Challenger Series 2024. Dos 10 que já competiram, metade se classificou, a peruana Sol Aguirre e do Brasil a Laura Raupp, Sophia Medina, Rafael Teixeira e Leo Casal. A estreia dos cabeças de chave vai abrir o domingo, às 8h00 na Austrália, 19h00 do sábado no fuso horário de Brasília, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
O Bonsoy Gold Coast Pro começou pela categoria feminina no sábado, que amanheceu com ondas pequenas, mas foram subindo durante o dia e à tarde já formavam paredes lisinhas e mais longas para manobras e até belos tubos em Snapper Rocks. No domingo passado, a catarinense Laura Raupp estava comemorando o título no QS 5000 do Saquarema Surf Festival e foi a primeira a estrear no sábado na Austrália. Ela competiu na terceira bateria do dia e a nota 7,33 que recebeu com seu ataque de frontside nas direitas de Snapper Rocks, garantiu a classificação em segundo lugar.
Com o 5,63 que conseguiu na onda seguinte, Laura Raupp superou a costa-ricense Leilani McGonagle por 12,96 a 12,50 pontos e a sul-africana Anastasia Venter, que ficou em último com apenas 7,60 nas duas notas computadas. A brasileira avançou em segundo lugar, pois a australiana Zahli Kelly arrancou um 8,33 dos juízes na sua última onda e venceu com o maior somatório das oito baterias da primeira fase feminina, 14,83 pontos.
Na penúltima, Sophia Medina também avançou em segundo lugar no confronto vencido pela francesa Tessa Thyssen, por 12,63 a 11,53 pontos da irmã mais jovem do tricampeão mundial, Gabriel Medina. Sophia despachou a havaiana Nora Liotta e a atual campeã mundial Junior da World Surf League, Sierra Kerr, da Austrália. Na última bateria das meninas no sábado, três surfistas da América do Sul disputaram as duas últimas vagas para enfrentar as 16 cabeças de chave que vão estrear na segunda fase.
Na semana passada, as duas surfistas que irão representar seus países nos Jogos Olímpicos de Paris esse ano no Taiti, Tainá Hinckel e Sol Aguirre, estrearam na mesma bateria do QS 5000 Saquarema Surf Festival e isso se repetiu agora no Bonsoy Gold Coast Pro. Assim como na Praia de Itaúna, a peruana Sol Aguirre venceu e a atual campeã sul-americana da WSL estava avançando junto com ela. Isso até a australiana Philippa Anderson somar uma nota 5,70 quando restavam 5 minutos para o término da bateria.
Tainá Hinckel tinha a prioridade de surfar a próxima onda, porém não entrou mais nenhuma série em Snapper Rocks e ela terminou em terceiro lugar. A bateria foi encerrada por pequenas diferenças. Sol Aguirre achou ondas que abriram paredes mais longas para mostrar seus laybacks e rasgadas de frontside, que ganharam notas 6,40 e 5,57. A peruana venceu por 11,97 pontos, contra 10,93 da australiana Philippa Anderson, 10,43 da Tainá Hinckel e 10,34 da peruana tricampeã sul-americana, Daniella Rosas.
SEGUNDA FASE -
Tainá Hinckel e Daniella Rosas acabaram eliminadas em suas estreias na primeira batalha pelas 5 vagas que irão completar a elite das top-17 do CT em 2025. A brasileira Luana Silva fez parte deste grupo esse ano, mas não passou pelo corte e vai tentar retornar pelo Challenger Series. Ela é uma das 16 cabeças de chave que estreiam na segunda fase, já disputando classificação para as oitavas de final do Bonsoy Gold Coast Pro. Luana está na quinta bateria, com a sul-africana Sarah Baum, a australiana Kobie Enright e a francesa Maud Le Car.
Luana Silva compete logo após Laura Raupp enfrentar a japonesa Anon Matsuoka e duas australianas que já fizeram parte da elite da World Surf League, Macy Callaghan e Isabella Nichols, que também foi cortada do CT semana passada em Margaret River. Depois, Sol Aguirre e Sophia Medina entram juntas com mais uma que não escapou do corte, a veterana Sally Fitzgibbons. Essa bateria completada pela portuguesa Francisca Veselko, vai fechar a segunda fase e definir as duas últimas vagas nas oitavas de final.
ESTREIA DOS HOMENS -
Depois da primeira fase feminina, rolou mais oito baterias da rodada inicial masculina do Bonsoy Gold Coast Pro. Cinco brasileiros competiram no sábado e outros 12 fazem parte do grupo dos 48 pré-classificados, que entrarão nos 16 confrontos da segunda fase. Nesta lista estão João Chianca, que volta a competir depois do acidente sofrido em Pipeline no ano passado, além de quatro brasileiros que não escaparam do corte na elite, os irmãos Miguel e Samuel Pupo, Caio Ibelli e Deivid Silva.
Dos cinco que estrearam no sábado, apenas dois se classificaram e em segundo lugar nas suas baterias, Rafael Teixeira e Leo Casal. O primeiro a competir foi o bicampeão sul-americano Pro Junior, Cauã Costa. O cearense acabou eliminado nas ondas surfadas no último minuto. Ele mesmo tinha assumido a segunda posição, com a nota 5,57 da sua última onda. Mas na de trás, o campeão mundial Junior da WSL em 2022, Jarvis Earle, ganhou 5,83 e superou Cauã Costa por 12,03 a 11,67 pontos. O australiano avançou em segundo na vitória do norte-americano Taro Watanabe, por 14,17 pontos.
Na bateria seguinte, a terceira da primeira fase masculina, o capixaba Rafael Teixeira conseguiu a primeira classificação do Brasil no sábado e foi por pouco também. Ele começou bem, com 6,50 na sua primeira onda, mas o francês Charly Quivront logo disparou na frente, com o 8,17 recebido na segunda que surfou. O português Guilherme Ribeiro também achou uma onda boa, para ficar em segundo com uma nota 7,93. Até Rafael Teixeira conseguir um 7,40 com suas manobras de backside, para derrotar o português por 13,90 a 13,73 e ficar muito próximo dos 14,00 pontos do francês Charly Quivront.
Na bateria do catarinense Leo Casal, o japonês Hiroto Ohhara praticamente confirmou a vitória em duas ondas seguidas muito bem surfadas, que valeram notas 7,83 e 7,00. A disputa do brasileiro foi com o veterano Brent Dorrington, de 37 anos de idade. Leo começou com 5,83, contra 6,83 do australiano, mas confirmou a classificação com o 6,30 da sua última onda. No confronto seguinte, o catarinense Heitor Mueller e o pernambucano Luel Felipe, acabaram eliminados por pouco também, pelo norte-americano Ryan Huckabee na vitória australiana de Sheldon Simkus.
CABEÇAS DE CHAVE -
Com as classificações de Rafael Teixeira e Leo Casal, 14 brasileiros vão disputar a segunda fase do Bonsoy Gold Coast Pro neste domingo na Austrália, noite do sábado no Brasil. Os 12 cabeças de chave do Brasil começam a estrear logo nas primeiras baterias. Caio Ibelli está na primeira, João Chianca na segunda, Deivid Silva na terceira, Miguel Pupo na quarta e Edgard Groggia na quinta. Rafael Teixeira foi para a sexta bateria e Leo Casal para a oitava.
Na nona bateria, tem estreia dupla do Brasil com Samuel Pupo e Alejo Muniz disputando duas vagas para a terceira fase com dois australianos, Joel Vaughan e Sheldon Simkus. O atual campeão sul-americano, Mateus Herdy, encabeça a décima bateria, Ian Gouveia entra na 11.a e na 12.a estreiam mais dois brasileiros, Jadson André e Lucas Silveira. Na 13.a tem o peruano Lucca Mesinas, que se classificou para o Challenger Series 2024, pelo ranking regional da WSL North America. Depois, Michael Rodrigues fecha a participação brasileira na 15.a e penúltima bateria.
BATERIA DE CAMPEÕES -
Após iniciar o Challenger Series 2024, o sábado de praia lotada em Snapper Rocks foi encerrado com uma bateria de campeões mundiais. Cinco surfistas com 24 títulos mundiais se apresentaram na homenagem ao 11 vezes campeão mundial e tetracampeão na Gold Coast, Kelly Slater. As condições do mar até ficaram mais perfeitas para esse momento especial, rolando até belos tubos em Snapper Rocks.
A octacampeã mundial Stephanie Gilmore, acabou vencendo os quatro homens que enfrentou, o tricampeão Mick Fanning e os campeões Joel Parkinson e Mark Occhilupo, além do homenageado, Kelly Slater, que enalteceu a australiana: “A Steph definitivamente venceu nós quatro (risos). É incrível ver essa multidão aqui e o que o surfe significa para a Gold Coast. Foi realmente muito divertido”. Nessa semana, a World Surf League anunciou que as direitas de Snapper Rocks na Gold Coast, vão voltar a sediar uma das etapas do Championship Tour a partir de 2025.
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