93 dias para Paris-2024 : A história do revezamento de prata do 4x100m rasos em Sydney

Faltam 93 dias para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 e hoje é dia de celebrar o revezamento 4x100m metros raso que fez história na Olimpíada de Sydney! Vicente Lenílson, Edson Luciano, Andre Domingos, Claudinei Quirino e Cláudio Souza ( na primeira fase) voaram baixo em solo australiano e conseguiram uma prata marcante até hoje para o Brasil! Saiba um pouco mais da história daquele grupo abaixo:

Nome: Claudinei Quirino da Silva

Local e Data de Nascimento: Lençóis Paulista (SP), 19 de novembro de 1970

Nome: Vicente Lenílson de Lima

Local e Data de Nascimento: Currais Novos (RN), 4 de junho de 1977

Nome: Edson Luciano Ribeiro

Local e Data de Nascimento: Bandeirantes (PR), 8 de dezembro de 1972

Nome: André Domingos da Silva

Local e Data de Nascimento: Santo André (SP), 26 de novembro de 1972 

Nome: Cláudio Roberto Sousa

Local e Data de Nascimento: Teresina (PI), 14 de outubro de 1973

Olimpíadas

Sydney-2000 : PRATA no revezamento 4x100m  rasos com o tempo de 37s90 (38s32 na primeira rodada e 38s27 na semifinal)

O revezamento reunido 20 anos depois para celebrar a medalha recebida por Cláudio Sousa (foto: COB)

Você Sabia?

• Rivais nas pistas nas competições individuais, o quarteto e os dois reservas (Claudio Souza e Raphael Raymundo de Oliveira) tiveram que aprender a trabalhar coletivamente pelo pódio e e todos credenciam o treinador Jayme Netto por conseguir controlar o ego dos velocistas e fazerem deles medalhistas

• "Um dos segredos desses meninos foi a quebra de paradigma deles. Eram extremamente rivais dentro da pista, um queria ganhar do outro, era uma geração muito forte. A essência do atletismo é a individualidade, é uma modalidade individual. E a beleza do revezamento é porque ele quebra esse paradigma da individualidade para o coletivo. E os seis eram marrentos, cada um mais que o outro." Disse Jayme em uma live celebrando os 20 anos da conquista da prata promovido pela CBAt

• A base do revezamento em Sydney uma das melhores gerações do Brasil, que ainda conquistou o bronze no mundial de 1999 e a prata no mundial de 2003.

• Na semifinal um susto entre a segunda e terceira passagens poderia ter tirado o Brasil da final. mas o revezamento se recuperou e passou para a decisão como terceiro melhor tempo - 38s27

• Na decisão, Vicente Lenílson, que abria o revezamento,  teve que correr lesionado. Sentindo dores no adutor da coxa, ele foi para o sacrifício pois se ele não corresse o Brasil seria desclassificado - os times que correm na semifinal tem que ser os mesmos da final.

• O tempo de 37s90 marcado na final foi a primeira vez que um revezamento brasileiro correu abaixo de 38 segundos e foi o recorde sul-americano do 4x100m rasos por 19 anos. Só foi superado no mundial de atletismo de 2019, quando o revezamento brasileiro fez o tempo de 37s72, ficando em quarto lugar.

• A medalha de prata acabou sendo um dos grandes momentos do Brasil na olimpíada e ficou marcada na épica narração de Galvão Bueno, que marcou quem assistia com o bordão 'É PRATA É PRATA É PRATA"

• Claudio Roberto Sousa disputou a a primeira fase da prova substituindo Claudinei Quirino - poupado  e que voltou na semifinal- e tinha por direito receber uma medalha de prata. Mas um erro processual não fez essa medalha vir e ele teve que esperar por 20 anos para poder ter a medalha em suas mãos.

• Muito antes da real medalha vir, André Domingos mandou confeccionar uma réplica da sua prata e mandou para Cláudio, como reconhecimento ao seu trabalho em Sydney.

• Após a confissão de Tim Montgomery, reserva do revezamento dos Estados Unidos que ficou com a medalha de ouro, de que utilizou substâncias ilegais para melhorar seu desempenho na época da olimpíada, chegou-se a cogitar o pedido de que a medalha de ouro viesse para o Brasil, o que nunca aconteceu porque a acusação prescreveu.

• Alguns dos corredores daquele revezamento tem medalhas olímpicas de outras edições, na mesma prova: Edson Ribeiro e André Domingos foram bronze nos Jogos de Atlanta e Vicente Lenílson foi bronze em Pequim-2008, que veio anos depois após a exclusão da medalhista de ouro Jamaica por conta do doping de Nesta Carter