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| Foto: Divulgação |
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 possuem uma tarefa árdua por ser o evento mais sustentável e “climate positive” da história da competição. Para a 33º edição, os organizadores prometem reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio do uso de edifícios históricos, do maior trânsito de bicicletas como meio de locomoção e até da instalação de paineis solares no Rio Sena.
A iniciativa está alinhada com o Acordo do Clima de Paris e busca ser não apenas inovador, mas referência de práticas ecológicas. Existe comprometimento com os critérios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Por isso, uma das medidas adotadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) projeta evitar gastos. Estima-se que 95% dos locais que receberão as disputas são edifícios antigos ou estruturas temporárias, incluindo uma piscina construída para as Olimpíadas de Paris de 1924, há cem anos.
Eventos desse porte se tornaram tendência. E é importante que tenham essa preocupação ambiental. As Olimpíadas do Rio de 2016, os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019, e Santiago em 2023, são exemplos de competições que já usufruíram destas instalações e envolvem a sustentabilidade.
Para a especialista Tatiana Fasolari, vice-presidente do Fast Engenharia, a maior empresa de overlays da América Latina, as estruturas provisórias têm ganhado cada vez mais espaço no mundo esportivo. “Esse tipo de solução, além de inteligente, é extremamente sustentável já que garante a reutilização de praticamente todo material, redução de custo na construção e principalmente na manutenção após o evento. O grande desafio deste modelo de negócio é contar com empresas capazes de executar estes projetos dentro dos prazos estipulados pelos comitês locais, que normalmente são extremamente curtos.”.
Neste ano, pontos turísticos de Paris como a Torre Eiffel, os jardins do Trocadéro, o Champ-de-Mars, Esplanade des Invalides, Ponte Alexandre III, Place de la Concorde e o Hôtel de Ville irão receber as estruturas. Além dos Jogos Olímpicos, que ocorrerão entre 26 de julho a 11 de agosto, a cidade também receberá a Paralimpíada, entre os dias 28 de agosto a 8 de setembro, mantendo o mesmo propósito sustentável.
A capacidade de montar e desmontar estruturas em pouco tempo permite uma logística mais ágil, minimizando interrupções e garantindo que os eventos ocorram conforme o estipulado: “A modernização da construção civil nos permite equilibrar os ambientes urbanos com as necessidades da população. Com as estruturas móveis, cria-se a garantia de que não serão criadas áreas e arenas que deixarão de ser utilizadas na cidade após os eventos, os chamados ‘elefantes brancos’”.
A especialista conclui dizendo que sustentabilidade e tecnologia equilibram o uso de construções antigas às necessidades ambientais da atualidade: “Em geral, as estruturas móveis são utilizadas para centros de imprensa, alojamentos e arenas de esportes que sejam menos praticados no país-sede da competição, por exemplo. As evoluções tecnológicas mescladas com sustentabilidade são o futuro do ramo, sendo necessárias para equilibrar os ambientes modernos em que vivemos, em conjunto com as necessidades sustentáveis atuais”.
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