![]() |
Miriam Jeske/CBC |
O Mundial de Paraciclismo de Pista 2024 chegou ao fim neste domingo (24) no Velódromo do Rio. A edição teve seis recordes mundiais batidos e consolidou uma renovação da modalidade, com atletas muito jovens gabaritando suas categorias e se estabelecendo como as novas referências de suas classes. É o caso do francês Alexandre Léauté, na Classe C2 masculina, e de Xiaomei Wang, na C3 feminina. O neozelandês Devon Briggs, de apenas 20, é ainda o dono de dois novos recordes mundiais na C3 masculina.
No último dia de disputas, o chinês Weicong Liang protagonizou um momento de grande superação e resiliência na pista do Velódromo do Rio. Ele sofreu uma queda e perdeu algumas voltas no Scratch da Classe C1 mas, ao invés de desistir, decidiu voltar à pista. Voou tanto que conseguiu o que parecia impossível: recuperar o tempo perdido e ganhar não só um, mas dois títulos mundiais (Scratch e Omnium).
Antes disso, ele já tinha conquistado duas pratas, na perseguição individual e no contrarrelógio, e também chegou em segundo na Flying Start. As três provas foram vencidas por seu compatriota, Zhangyu Li. O espanhol Ricardo Ten Argiles, prata no Scratch, ficou com o bronze da Omnium.
A Classe C2 masculina, por sua vez, tem um novo campeão de tudo. O francês Alexandre Léauté venceu as últimas duas provas que disputou neste domingo e gabaritou a categoria. Na quarta-feira, ele já havia arrebatado o ouro da perseguição individual. Na quinta, cruzou em primeiro lugar a linha de chegada na Flying Start (Omnium). No sábado, além de vencer a prova, quebrou o próprio recorde mundial no contrarrelógio.
Neste último dia, ele fechou sua participação com chave de ouro e venceu o único título mundial que havia lhe escapado no ano passado, o da Scratch, com autoridade. Léauté disparou na liderança assim que a disputa começou e, na metade, perdeu algumas posições e a disputa pareceu acirrada, especialmente contra os ingleses Matthew Robertson e Ryan Taylor. Mas o francês contou com o auxílio do companheiro de equipe Florian Chapeau para segurar a concorrência, recuperar seu posto, alcançar o pelotão por trás e interromper a prova.
Outra a gabaritar sua classe foi a britânica Elizabeth Jordan, que, junto à pilota Danielle Khan, conquistou neste domingo o último ouro da Tandem feminina no Sprint. Elas já haviam vencido o contrarrelógio na quinta-feira e a perseguição individual no sábado. Jordan chegou ao Rio com uma medalha de prata na perseguição no Mundial de 2022, um ouro no sprint por equipes e um bronze no contrarrelógio em 2023. Agora, é a nova campeã mundial de todas as provas individuais da categoria, justo na estreia de uma nova dupla.
A Grã-Bretanha de Lizzie e Danielle terminou o Mundial com 27 medalhas (12 ouros, 13 pratas e 2 bronzes). Na sequência, vêm China com 16 (12 ouros, 3 pratas e 1 bronzes), França com 17 (10 ouros, 5 pratas e 2 bronzes), Austrália com 12 (4 ouros, 3 pratas e 5 bronzes) e Holanda com 6 (2 ouros, 1 prata e 3 bronzes).
O Brasil ficou em 11º com duas pratas (Sabrina Custódia no contrarrelógio da C2 feminina e Lauro Chaman na perseguição individual da C5 masculina). A União Ciclística Internacional (UCI) considera o número de ouros, e não o de medalhas totais, como o padrão para estabelecer o ranking.
Além das 16 disputas decididas neste domingo, a UCI promoveu, pela primeira vez, cinco provas de eliminação. A disputa ocorreu em caráter amistoso, como disciplina de exibição, e distribuiu medalhas, mas elas não integram o quadro oficial. Os atletas foram divididos em: classes C4-C5 femininas, classes C1-C3 femininas, classes C1-C2 masculinas, classes C3-C4 masculinas e classe C5 masculina. Nesta última, Chaman ficou em segundo.
0 Comentários