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Brazilian Storm domina Porto Rico, Brasil vence os ISA Games e leva seis surfistas para Paris 2024


Brazilian Storm domina Porto Rico, Brasil vence os ISA Games e leva seis surfistas para Paris 2024
Foto:Pablo Jimenez/ISA Games


Com muita emoção, o Brasil faz uma campanha histórica no ISA Games 2024 e conquista as duas vagas restantes para Paris. Medina garantiu vaga vencendo o masculino, e Tatiana Weston-Webb conquistou o segundo lugar no individual, trazendo a vitória em equipe para o Brasil e a última vaga restante.

A classificação: 

A história do Brasil começou logo cedo durante a classificação, no masculino Yago Dora e Gabriel Medina disputavam para chegar à final, e ambos lutavam pela vaga extra em Paris. Quem também buscava mais uma vaga era a França; os franceses, no entanto, tiveram uma pedra no sapato. Pela última rodada do evento principal, a dupla francesa Kauli Vaast e Joan Duru enfrentaram o tricampeão mundial Gabriel Medina. Sem muitas surpresas, Medina foi o campeão da bateria e jogou Joan Duru para a disputa pela rodada 12 da repescagem.


Pela rodada onze, em uma difícil bateria, Dora acabou não conseguindo boas ondas, ficando em quarto lugar e deixando a competição logo antes da final. Na rodada 12, quem se classificou para a final foi o marroquino Ramzi Boukhiam, que venceu Yago Dora na bateria anterior, e Joan Duru, que se salvou da repescagem. Ambos formaram a bateria da final junto a Kauli Vaast e Gabriel Medina, que se classificaram pela competição principal.


No feminino, Tatiana Weston-Webb e Taina Hinckel precisavam se enfrentar em duas baterias antes da grande final. Pela rodada nove da repescagem, Tatiana conseguiu garantir a classificação, mas apenas em segundo, sendo superada pela israelense Anat Lelior, e assim não sobrando vagas para Taina Hinckel, que na terceira colocação deixou a competição.


Pela rodada antes da grande final, Tatiana deu um show de surfe e venceu a décima e última bateria da repescagem. Pela classificação, ela e a australiana Sally Fitzgibbons, que ficou em segundo lugar, disputaram a final junto à espanhola Nadia Erostarbe e à francesa Johanne Defay, que já haviam se classificado no evento principal.

Brazilian Storm é igual a pódio

Apesar da classificação heroica em ambas as categorias, o Brasil ainda não tinha vaga garantida. Pelo masculino, a França ainda era a nação líder em pontos, critério definitivo para a distribuição da vaga olímpica. Para reverter essa situação, Medina, além de conquistar o ouro, ainda precisava que Ramzi Boukhiam fosse o segundo colocado. Apenas o segundo lugar já era suficiente para que os franceses mantivessem a liderança pela pontuação em equipe e conquistassem a última vaga olímpica.


Ao início da bateria, Medina não perdeu tempo e logo começou a fazer sua parte. Com dois minutos de competição, o brasileiro, em sua primeira onda, buscou um aéreo para 9.00 pontos e logo assumiu a liderança. Com dezessete minutos de bateria, mesmo possuindo a maior nota, Medina perdeu a liderança para o marroquino Ramzi Boukihiam. Apesar de não ser o líder, a situação ainda era favorável a Medina. Ele precisava apenas substituir um 4.77 para reassumir a liderança e impedir que os franceses somassem uma nota superior à de Ramzi, que ocuparia a segunda colocação. Com o plano traçado, foi dito e feito. Com três minutos restantes, Medina conquistou um 6.60 e reassumiu a liderança. Após alcançar o primeiro lugar, Medina colou até o final em Kauli Vaast, que ocupava a terceira posição, e o impediu de entrar nas ondas. Ao final do período, Medina conquistou o ouro no ISA com uma campanha invicta, tendo ganho todas as baterias que disputou e carimbando sua segunda participação nos Jogos Olímpicos, desta vez em Paris 2024.


Com mais uma vaga garantida, a emoção não acabou por aí. Luana Silva ainda poderia receber a última para Paris, válida pelo feminino. No entanto, ao contrário de Medina, a vaga de Luana não estava nas próprias mãos, e sim nas de Tatiana Weston-Webb, que se classificou para a final. O Brasil tinha a maior pontuação em equipes no feminino, sendo seguido diretamente pela Espanha. Para garantir a vaga de Luana, Tatiana precisava, no mínimo, da segunda colocação, contanto que a espanhola Nadia Erostarbe ficasse atrás dela. Mesmo com a espanhola na quarta colocação, Tatiana ainda precisaria ser a segunda colocada, no mínimo, pois em caso de vitória da australiana Sally Fitzgibbons, a vaga restante iria para a Austrália, que passaria o Brasil em pontos caso Tati fosse a terceira colocada.


A bateria começou com um susto para Luana e Tatiana. Em cinco minutos, a francesa Johanne Defay já ocupava a primeira colocação com uma soma de 11.33 e era seguida por Nadia Erostarbe na segunda colocação. As posições se mantiveram as mesmas por dez minutos de competição, colocando cada vez mais tensão na bateria. Após esse período ocioso, quem voltou a pontuar foi Sally Fitzgibbons, que ocupava a quarta colocação. Apesar de a australiana movimentar o placar, quem conseguiu a onda da vez foi Tatiana, que com 6.47 pulou da terceira para a primeira colocação. Nesse momento, a bateria teve outro período ocioso, quebrado novamente pela australiana, que com apenas quatro minutos restantes conquistou um 6.83 e assumiu a liderança da bateria. Tati, que ocupava a segunda colocação, ainda tentou mais ondas, mas nenhuma foi suficiente para superar Sally, que se sagrou campeã dos ISA Games 2024. Ao final do período, Sally Fitzgibbons foi a campeã individual do feminino, com a prata ficando para Tatiana, que pela posição garantiu a vitória em equipes para o Brasil e premiou Luana Silva com a vaga olímpica para Paris. 

Pontuação de Brasileiros no último dia:

Yago Dora

.Repescagem rodada 11 - 4ºlugar, 6.33 (4.00+2.33)

Taina Hinckel 

.Repescagem rodada 9 - 3ºlugar, 11.13 (6.10+5.03)

Gabriel Medina

Rodada 7 competição principal - 1ºlugar, 13.83 (7.50+6.33)
Final - 1ºlugar (ouro), 16.40 (9.00+7.40)

Tatiana Weston-Webb.

.Repescagem rodada 9  - 2ºlugar, 13.04 (6.87+6.17)
.Repescagem rodada 10 - 1º lugar, 10.83 (7.00+5.83)
.Final - 2ºlugar (prata), 12.24 (6.77+5.47)

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