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Snowboard do Brasil conta com trabalho em equipe de quatro irmãos para brilhar em Gangwon 2024

Snowboard do Brasil conta com trabalho em equipe de quatro irmãos para brilhar em Gangwon 2024
Foto: Divulgação/CBDN

Com informações do COB


De acordo com o dicionário Oxford, irmão é aquele que, em relação a outrem, é filho do mesmo pai e/ou da mesma mãe. Mas também é a pessoa a quem alguém se liga para um fim comum ou ajuda mútua. E o snowboard do Brasil tem quatro irmãos unidos por um único objetivo: colocar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024 no snowboard. São dois casos em que os irmãos mais velhos foram fundamentais para que os mais novos pudessem realizar o sonho de disputar a edição de Jogos Olímpicos para atletas de até 18 anos que começa daqui a 15 dias.

Zion Bethonico e João Teixeira serão os representantes do Brasil no snowboard na Coreia do Sul e a classificação, podemos dizer, veio graças aos laços de família. Em março deste ano, Zion foi 26º no Mundial Júnior de Snowboard Cross. E o irmão mais velho dele, Noah, foi o 25º. Com a posição dos dois, ambos eliminados nas oitavas-de-final, o Brasil conseguiu garantir uma das 22 vagas para Gangwon 2024 em jogo no evento.

“Contar com a ajuda do meu irmão para conseguir a vaga foi ótimo! Quando terminei a corrida e percebi que possivelmente não conseguiria me qualificar com o meu posicionamento, fiquei devastado. Graças ao Noah foi possível realizar esse sonho”, comentou Zion.

“Eu fiquei mais feliz do que tudo, na verdade. Não tinha certeza se eu iria ter qualificado ele quando cheguei embaixo (final da corrida), pois não avancei para a próxima etapa. E isso foi a primeira coisa que pensei: ‘será que fui bem o suficiente para o Zaz (apelido do irmão) conseguir ir para os Jogos Olímpicos?’ Quando fiquei sabendo que ele estava dentro com esse resultado do Mundial Júnior, fiquei muito feliz”, lembrou Noah.

Com os irmãos Augustinho e João Teixeira a história foi um pouco diferente. O mais velho é especialista nas provas de slopestyle/big air, enquanto João compete mais no halfpipe. Com o desempenho no Mundial Júnior, em que foi o 12º colocado no slopestyle e 22º no big air, Augustinho conquistou duas cotas para o Brasil em Gangwon. Contudo, o único atleta do país com idade para competir é justamente o irmão mais novo dele, João. Mas para Augustinho, a classificação do caçula da família Teixeira para Gangwon se deve exclusivamente a ele mesmo.

“Para ser sincero, eu não o classifiquei. Dei o meu melhor e consegui a vaga para o Brasil. O meu irmão, na temporada anterior, trabalhou muito para conseguir os pontos na modalidade que ele é especialista: halfpipe. Ele também competiu em slopestyle e conseguiu os pontos necessários para representar o Brasil. Sem os pontos dele, por mais que eu conseguisse a vaga, ele não classificaria”, disse Augustinho.
“Eu fiquei muito feliz que meu irmão levou o Brasil ao top 8 do mundo e conseguiu duas vagas. Eu, por ter os pontos em slopestyle da temporada passada, acabei sendo confirmado nessas disciplinas. Estou trabalhando muito para conseguir chegar ao nível que essas competições exigem”, analisou João, que também conseguiu a classificação, dessa vez por conta própria, no halfpipe.

O snowboard é a modalidade responsável pelo melhor desempenho do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno. Em Turim 2006, Isabel Clark terminou a competição de snowboard cross na 9ª colocação. Foi o mesmo ano em que Zion nasceu. João chegou ao mundo, em Ushuaia, na Argentina, apenas em 2007. Essa nova geração, incluindo Augustinho e Noah, promete ganhar espaço para o Brasil na modalidade no cenário internacional nos próximos anos. Noah, que disputou Lausanne 2020, e Augustinho, que não tinha idade mínima exigida nos últimos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, irão acompanhar os irmãos mais novos, de olho em Milão-Cortina 2026.

“Primeiramente, eu quero que o Zion aproveite o momento dessa etapa da vida dele, quero que ele saboreie estar nos Jogos Olímpicos da Juventude com todos os atletas da idade dele, em um evento incrível como é esse. Vai ser literalmente uma experiência que ele nunca mais vai ter na vida! Então, quero que ele aproveite muito, dê o seu melhor, faça amizades e conheça outras pessoas dedicadas como ele”, contou Noah.

“Espero que o João dê o melhor de si. Vou acompanhar a competição pela TV porque tenho que participar da Copa do Mundo de Slopestyle e Halfpipe em Mammoth (EUA). Tive muita vontade de participar dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2020, mas como não foi possível, foquei em melhorar, conquistar bons resultados e sonhar com os Jogos Olímpicos de 2026”, disse Augustinho.

Com menos palavras, os irmãos mais novos, Zion e João, já estão com os objetivos traçados para Gangwon 2024.

“Eu vou para vencer! Para mim a vitória já é tangível. Apenas preciso dar meu melhor agora”, disse Zion.

“Quero dar o melhor de mim e cumprir o objetivo traçado”, completou João.

E ainda tem mais irmãos brasileiros nos Jogos Olímpicos da Juventude Gangwon 2024Além deles, o Time Brasil em Gangwon 2024 contará com outros irmãos. Guilherme Melo, integrante da equipe mista de curling, manterá uma tradição de família: a mãe é atleta da modalidade e o irmão mais velho, Vitor, foi o skip (espécie de capitão) da equipe brasileira em Lausanne 2020. Já os gêmeos Alice e Arthur Padilha irão disputar o esqui alpino.

“Participar de uma Olimpíada da Juventude sempre foi um sonho para mim e, agora, estou prestes a realizá-lo. Estou incrivelmente feliz e confiante em representar o Brasil nesse cenário internacional. Cada passo da minha jornada no esqui contribuiu para este momento, e estou ansioso para enfrentar os desafios e celebrar os sucessos que estão por vir”, analisou Arthur.

“Estou extremamente feliz por representar o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude. Acredito que as Olimpíadas são um objetivo incrível para todo atleta, e estou contente por ter conseguido alcançá-lo. Vejo vocês na Coreia do Sul!”, concluiu Alice.

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