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Presidente do Comitê Olímpico de Israel diz que país estará 100% em Paris-2024

 

Delegação israelense na Parada das Nações de Tóquio-2020, com a bandeira do país e máscaras com a bandeira
Foto: David J.Phillp/AP

A Presidente do Comitê Olímpico de Israel, Yael Arad, contou nesta sexta (5), em entrevista ao Le Parisien, como a delegação israelense está se preparando para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. 

Durante a conversa, Yael ressaltou confiar totalmente na segurança dos Jogos e que em nenhum momento teve o receio de Israel não poder participar de Paris-2024. Embora ela afirme que confia na segurança, o Comitê Olímpico Israelense já afirmou estar preocupado com o aumento de casos de antissemitismo no mundo desde o início da guerra.

Desde Munique-1972, quando um atentado terrorista do grupo Setembro Negro matou 11 integrantes da delegação israelense após invasão da vila olímpica, a segurança - principalmente da delegação israelense -  virou um assunto de grande preocupação dos Jogos. Na França, há o agravante do histórico recente de atentados.

Surte+: Veja a história do atentado nos Jogos de Munique-1972

Com nove medalhas em Mundiais em 2023, sendo quatro de ouro, Israel teve o melhor ano de sua história no esporte em 2023, conquistando ainda a vaga olímpica no futebol, tendo como base o time que foi terceiro lugar na Copa do Mundo sub-20. Entre os títulos mundiais, teve o de Artem Dolgopyat no solo, no dia dos atentados terroristas do Hamas que acabou com 1200 mortos e mais de 240 sequestrados.

Yael contou que um período após os atentados, os atletas que treinam em Israel ficaram um tempo sem treinar, mas já estão de volta. Ela reconhece que não será fácil aos atletas se concentrar 100% enquanto o país está em guerra.

"Quando o país atravessa um período tão complicado, é estranho que os atletas se concentrem 100% no esporte. Exigiu muito trabalho, especialmente com nossos treinadores mentais. Os atletas também participam de missões que visam inspirar jovens e civis que tiveram que deixar suas casas. Isso os ajuda a se recuperar e a voltar aos treinos a 100%".

Ela ainda afirma que recebeu apoio de outros comitês olímpicos, do comitê organizador e do COI. Segundo Yael, Paris-2024 mostrará a resiliência de Israel. 

"Estaremos nos Jogos Olímpicos, 100%. Recebemos muito apoio, seja do comitê organizador, do COI ou de todo o mundo. Vemos as Olimpíadas como uma forma de realizar nossos sonhos, de representar nosso país e nosso povo. Isso traz muita alegria e orgulho para o povo. E nestes momentos, depois de dois meses de tanto sofrimento e com a lembrança do que aconteceu no dia 7 de outubro, é muito importante. Estes Jogos mostrarão a nossa resiliência".

Israel esperava ter até 90 atletas em Paris, mas com as questões de classificação, principalmente nos esportes aquáticos que fecham suas classificatórias no Mundial do Qatar em fevereiro, o país acha que pode ficar sem algumas equipes que eles davam como certas nos Jogos. O país tem o favoritismo no conjunto da ginástica rítmica e chances de pódio na ginástica artística e judô. 

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