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Eric Takabatake se despede do judô aos 32 anos

Eric Takabatake se despede do judô aos 32 anos
Créditos: IJF

Após mais de uma década defendendo a Seleção Brasileira de Judô, Eric Takabatake anunciou, nesta segunda-feira (08), sua despedida oficial do alto rendimento. Natural de São Bernardo do Campo (SP), o judoca de 32 anos representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, foi três vezes campeão Pan-Americano e multimedalhista em competições internacionais.

“Eu sempre pensei que no momento em que eu parasse de sentir vontade de competir, eu pararia o judô. Para mim, competir é a parte mais gostosa do judô e o que fazia valer a pena. 2022 foi um ano bom e eu estava curtindo cada momento, mas lembro que na segunda competição de 2023 (Grand Slam de Paris) eu acordei já pensando ‘o que estou fazendo aqui?’. Isso num Grand Slam de Paris. Daí começou a martelar essa ideia na minha cabeça de que talvez estivesse cansado de competir”, revelou Eric.


Começou a praticar judô por iniciativa da mãe, aos oito anos. Permaneceu até os vinte no Clube MESC, em sua cidade natal, até ingressar a equipe do Pinheiros, clube onde ficou até o fim da carreira. A primeira competição oficial pela Seleção Brasileira veio em 2012, no Grand Slam do Rio de Janeiro, onde foi quinto colocado.

Eric percorreu o circuito mundial durante dois ciclos olímpicos, foi a sete Campeonatos Mundiais e realizou o sonho de participar de uma olimpíada em Tóquio 2020. No país berço do judô, ele fez uma boa luta de estreia, vencendo Soukphaxay Sithisane, de Laos, mas acabou se despedindo da competição nas oitavas do peso ligeiro (-60kg). Já no início do ciclo para Paris 2024, tomou a decisão de subir para o meio-leve (-66kg) e desde então passou a defender o Brasil em nova categoria.


Apesar do adeus aos tatames, Eric ainda planeja seguir no judô como treinador, ajudando na formação de novos atletas. Ele inclusive concluiu recentemente o Programa de Carreira do Atleta, promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil, que auxilia atletas no processo de transição para uma nova carreira.


“Depois que eu comecei a fomentar isso na cabeça [se aposentar], fiz uns cursos da CBJ e do COB. Também passei a ver os treinos de outra forma. Ainda treino, vou lá ajudar o pessoal e contribuir com o que puder ajudar. Mas já vejo tudo com outros olhos. Antes, focava mais em mim, em querer evoluir, e agora penso nos outros. Está sendo uma experiência bem legal e diferente. Acho que vou curtir bastante”, disse.


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