Foto: Wagner Carmo/CBAt |
Campeã do lançamento do disco nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, a paulista Izabela Rodrigues da Silva (IEMA-SP) foi um dos destaques do atletismo brasileiro em 2023. Ela teve um ano consistente – terminou com as sete melhores marcas na especialidade no Ranking Sul-Americano – e sonha agora com sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Um dos destaques feminino do ano, a atleta é a personagem da retrospectiva desta quinta-feira (28/12).
Em Tóquio-2021, ela se tornou a primeira brasileira a disputar uma final olímpica no disco, terminando em 11º lugar. Ela pretende repetir a façanha no ano que vem. Para isso, passou as três semanas de férias em atividades. “Mantive minha rotina de fisioterapia e academia durante o descanso. A temporada de 2024 será curta e o objetivo será aproveitar ao máximo todas as competições e os treinos para tentar melhorar o resultado”, lembrou Izabela, que tem 63,04 m como recorde pessoal.
“Meu plano para Paris é buscar novamente a final olímpica, que inclusive será no dia do meu aniversário, assim como em Tóquio, no dia 2 de agosto. Com certeza, ir à final seria o meu maior presente e uma honra”, comentou a atleta que fará 29 anos, nascida na cidade de Adamantina.
Única mulher a ganhar ouro no atletismo no Pan - Andressa Oliveira de Morais, do Pinheiros, foi prata no disco - Izabela terminou o ano na liderança do Ranking Brasileiro e Sul-Americano de 2023, com a marca de 62,68 m, obtida no dia 7 de maio, em Bragança Paulista (SP). Ela é treinada por João Paulo Alves da Cunha, pessoalmente, desde 2014 – ano em que ganhou a medalha de ouro no Campeonato Mundial Sub-20 de Eugene, Oregon, Estados Unidos.
A parceria com João Paulo é longeva. “Estamos trabalhando juntos de uma forma contínua e construindo sonhos de melhorar sempre”, afirmou.
A atleta começou no atletismo aos 11 anos, em Adamantina, em uma aula de educação física. “Comecei na escola municipal, e me destaquei em algumas competições, quando tinha de 14 para 15 anos e, logo depois, me mudei para São Paulo para treinar”, lembrou.
Como filha da terra, Izabela lamenta a falta de apoio em Adamantina. “É uma boa cidade para formar atletas, uma pena não ter apoio. Já é difícil ser atleta por si só, sem apoio da cidade fica pior ainda, sem equipes de base formadas, fica difícil ter atletas de elite no futuro, se já era difícil antes, imagina agora”, concluiu a atleta.
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