![]() |
Foto: Mídia DDPI |
Nesta quarta-feira (13) houve um posicionamento oficial em relação às investigações sobre a organização dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Em entrevista à radio francesa RTL, o procurador financeiro nacional da França, Jean-François Bohnert, garantiu que as operações em curso ainda não identificaram nenhum ato grave de corrupção durante a organização do evento.
Vale lembrar que esses processos surgiram após duas investigações preliminares, sendo uma delas iniciada em 2017 e a outra no ano passado. A primeira, aberta há 6 anos, investiga a suspeita de desvio de fundos públicos, além de favoritismos e contradições na elaboração de um contrato. Por outro lado, a mais recente surgiu após uma auditoria da Agência Francesa Anticorrupção, que, segundo o Ministério Público, indica um possível conflito de interesses e a existência de benefícios indevidos em diversos contratos firmados entre o comitê organizador e o Solideo, órgão público responsável pela infraestrutura olímpica.
Com o avanço das operações, a polícia francesa chegou a realizar buscas na sede do comitê organizador do evento, no final de junho deste ano.
Para efeito de comparação, vale destacar que as últimas Olimpíadas não saíram ilesas. Na mais recente, a de Tóquio-2020, realizada em 2021, houveram investigações sobre a compra de votos para a cidade japonesa sediar o evento, resultando, até então, na condenação de um influente empresário do país. Mais adiante, nos Jogos Olímpicos do Rio, de 2016, os números de investigações e condenações foram altíssimos. Entre os alvos, estava o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, condenado a mais de 30 anos de prisão e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que confessou a compra de 9 votos para que a cidade fluminense sediasse o evento internacional.
0 Comentários