Com grande destaque, os brasileiros encerraram nesta quarta-feira (27) a participação no Grand Prix de Baku, no Azerbaijão, de judô paralímpico. Foram quatro medalhas conquistadas hoje, sendo duas de ouro com atletas J1 - cegos totais, com Arthur Silva (categoria até 90kg) e Wilians Araújo (acima de 90kg), além de duas medalhas de prata, com Antônio Tenório, derrotado por Arthur na final, e Rebeca Silva (categoria acima de 70 kg para atletas J2 - baixa visão).
Esta foi a terceira etapa do circuito internacional da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) em 2023. A primeira, realizada em Almada (Portugal), em janeiro, teve o Brasil campeão com 15 medalhas ao todo. A segunda foi em Alexandria, no Egito, quando a Seleção ficou na quinta colocação indo ao pódio seis vezes.
Com as três conquistas do primeiro dia do evento (veja como foi), o país encerrou sua campanha na terceira colocação geral, com sete pódios: dois ouros, três pratas e dois bronzes. O Uzbequistão (nove medalhas ao todo, sendo seis de ouro e três de bronze) e a China (seis medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e duas de bronze) foram os dois primeiros colocados.
Arthur Silva, líder do ranking mundial da categoria até 90kg para atletas J1, derrotou na batalha final outro brasileiro, o lendário Antônio Tenório, maior vencedor de todos os tempos da modalidade com seis medalhas paralímpicas (quatro ouros, uma prata e um bronze). Arthur, venceu as últimas etapas do circuito mundial: três em 2022 e três em 2023. Ele ainda foi bronze no Campeonato Mundial do ano passado, disputado também em Baku, e prata nos Jogos Mundiais da IBSA deste ano, na Inglaterra.
Outro que vem dominando sua categoria no judô paralímpico é o paraibano Wilians Araújo. Atual campeão mundial dos pesos-pesados, ele vinha de um ouro nos Jogos Mundiais da IBSA e de um bronze no Grand Prix de Almada. Para subir no lugar mais alto do pódio novamente, ele venceu seus três combates nesta quarta, incluindo a final diante do turco Onur Tastan, quarto do ranking na categoria.
A quarta medalha do dia para o Brasil veio com Rebeca Silva, de 22 anos. Após ganhar dois combates, ela encarou na final uma atleta que nem sequer aparece listada no último ranking mundial, a cazaque Aidana Gazizkyzy, que voltou a surpreender e venceu a decisão, deixando a prata para Rebeca, que lidera o ranking na categoria. Outra representante brasileira, Meg Emmerich, quarta melhor do mundo, acabou passando pela repescagem e lutou pelo bronze, mas perdeu da cubana Sheyla Estupinan.
A quarta e última etapa do ano está marcada para Tóquio, no Japão, em dezembro, um mês após o Parapan de Santiago, no Chile. Todos esses eventos são classificatórios para Paris 2024. O judô é uma das modalidades que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.
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