O
presidente da World Aquatics, Husain Al-Musallam, afirmou que a entidade criará
uma “categoria aberta” que incluirá competidores transgêneros. O órgão regulador da natação confirmou que
o evento acontecerá em um futuro próximo, entre as outras provas, e apesar de não dar detalhes, sugere-se que poderia ser ainda neste
ano.
A declaração de Al-Musallam aconteceu durante o Congresso Mundial de Esportes Aquáticos na cidade de Fukuoka,
no sudoeste do Japão. “Posso dizer hoje que já estamos
fazendo planos para a primeira prova de uma categoria aberta e esperamos poder
confirmar todos os detalhes em breve. Nosso esporte deve ser aberto a todos”,
disse ele.
A
World Aquatics já havia banido competidores transgêneros de grandes eventos,
como as Olimpíadas e campeonatos mundiais. O
assunto tem sido um divisor na entidade e muitos órgãos governamentais nos principais
esportes o evitaram, assim, haverá muitas questões a serem respondidas à medida
que o primeiro julgamento se desenrola sob o olhar de advogados e cientistas.
“Era
muito importante protegermos a competição justa para nossas atletas femininas”,
disse Al-Musallam. “Mas você já me ouviu dizer muitas vezes que não deve
haver discriminação. Ninguém deve ser excluído de nossas competições.”
Em
março de 2022, a nadadora americana Lia Thomas venceu no nado livre
feminino em campeonato da NCAA em Atlanta (EUA), tornando-se a primeira mulher
trans a conquistar um título nacional de natação.
Thomas tornou-se um dos principais símbolos dos atletas transgêneros - provocando oposição e apoio - quando ingressou na equipe feminina de natação da Universidade da Pensilvânia, depois de competir por três anos na equipe masculina da escola da Ivy League.
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