Últimas Notícias

Bruna Alexandre curte desafios da busca por uma vaga olímpica : "Feliz de ver que consigo jogar de igual para igual"

Miriam Jeske/ CBTM


A mesatenista paralímpica Bruna Alexandre vem quebrando barreiras competindo entre atletas olímpicas no circuito da WTT para realizar um sonho: Ser a primeira brasileira a competir no tênis de mesa nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris. Metade do objetivo já foi conseguido, já que Bruna já tem vaga na Paralimpíada. Agora ela vai em busca da outra vaga. 

Ela, que disputou o WTT Contender Rio na semana passada - seu primeiro da carreira -, contou em entrevista para o Surto Olímpico durante o evento como tem sido essa adaptação para competir contra as atletas olímpicas."No Paralímpico às vezes eu posso ser um pouco mais passiva, só que agora que estou jogando no Olímpico, não tem como, eu preciso ser sempre ativa." Disse Bruna, que detalhou um pouco como foi sua estreia no WTT, onde saiu derrotada na estreia pela mexicana Arantxa Cossio Aceves por 3 sets a 0:

" Ela é uma atleta muito ativa, não só ela, mas todo mundo do Olímpico é assim. Quando eu era ativa, eu fazia o meu ponto. Só que quando eu passava a bola, eu perdia o ponto. Para falar a verdade, eu achava que podia para ganhar ali. Estava um jogo muito legal para mim, mas o detalhe da recepção e esse meu lado passivo 'deu ruim' para mim. Eu preciso atacar mais durante a partida, não ser tão passiva em alguns momentos."

Bruna detalhou o seu caminho até o fim do ano, com uma série de competições olímpicas onde ela poderá trabalhar mais sua agressividade durante o jogo, para subir no ranking mundial (ela é atualmente a número 264 do mundo) e assim estar entre as atletas da seleção que vão na oOlimpíada:

"Bom, eu voltei a jogar desde o Brasileiro deste ano e consegui ser campeã. Eu joguei o Sul-Americano mês passado, no Peru em Lima, onde fiquei em terceiro lugar, joguei aqui no Rio e eu tenho mais campeonatos até o final do ano. No mês que vem eu vou para o Pan-americano Olímpico, que vai ser em Cuba. E depois eu tenho o WTT, que é igual a esse, na Tunísia. Então eu estou jogando bastante campeonatos. E depois eu vou para a Tailândia, que é o meu último campeonato paralímpico. Mas eu tenho bastante campeonatos ainda no Olimpíco para tentar essa vaga. "

Bruna também contou como tem planejado os calendários olímpicos e paralímpicos,e como o nível elevado do circuito mundial de tênis de mesa olímpico está contribuindo para evoluir seu jogo entre as atletas paralímpicas

"Bom, é mais cansativo, né? Quando eu não tô no olímpico, tô no paralímpico (risos).Mas eu estou gostando (de competir no olímpico). Isso vai me ajudar também no Paralímpico, a minha experiência vai crescer cada vez mais e me ensinar uma outra visão de tênis de mesa, que tem muito mais adversárias para enfrentar...é outro tênis de mesa, né? O Paralímpico também tem umas adversárias fortes que jogaram os Jogos Olímpicos como a Natalia Partyka (primeira mesatenista a jogar uma Olimpíada e Paralimpíada no mesmo ano), mas as outras não tem tanto o nível que vejo no Olímpico. Hoje não tem nenhuma menina que joga mais ou menos no olímpico, vamos dizer, né? Todas são muito agressivas jogando. "

Bruna conclui dizendo que apesar do cansaço, o esforço em competir nas duas categorias tem sido recompensador, não pela chance de conseguir a vaga olímpica, mas que não precisa temer qualquer adversária:  "É um pouco cansativo, mas eu estou gostando desse desafio. Esse sempre foi meu sonho e eu fico mais feliz ainda de ver que eu consigo jogar de igual para igual com qualquer uma delas."

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar