![]() |
Foto: @FIFAWWC (X) |
No confronto envolvendo duas seleções que buscavam seu primeiro título mundial, melhor para a Espanha. A equipe bateu a Inglaterra por 1x0 em Sydney e ergueu o troféu da Copa do Mundo feminina de futebol graças a um gol marcado pela lateral Olga Carmona ainda na etapa inicial. De quebra, o resultado serviu para vingar a eliminação espanhola para a mesma adversária na última Eurocopa.
Desde o início, a Espanha foi a seleção mais bem distribuída em campo e dona das ações. Porém, a primeira oportunidade mais clara de gol foi da Inglaterra. O lance ocorreu aos 15 minutos, quando Lauren Hemp acertou o travessão de Cata Coll após assistência precisa de Rachel Daly dentro da área. O chute foi colocado e bem direcionado, mas acabaria saindo.
A ação seguinte viu as espanholas tendo uma clara chance de gol – e também desperdiçando-a. Teresa Abelleira achou um belo passe para Olga Carmona pelo lado esquerdo. A lateral cruzou, Salma Paralluelo furou e a bola sobrou limpa para Alba Redondo na segunda trave e já dentro da pequena área. A finalização da atleta do Levante, porém, foi em cima de Mary Earps.
O lance de perigo seguinte seria mais bem aproveitado pelas comandadas de Jorge Vilda. E tudo surgiu em roubada de bola no campo de defesa, novamente com Teresa Abelleira comandando a saída ao ataque. A meio campista do Real Madrid acionou Mariona Caldentey que imediatamente rolou a bola para Olga Carmona, passando em velocidade pelo setor canhoto.
![]() |
Foto: Asanka Brandon Ratnayake (Reuters) |
A lateral, que já havia marcado o gol da vitória contra a Suécia na semifinal, invadiu a área e bateu cruzado e rasteiro. A bola foi no cantinho de uma goleira inglesa que até saltou para tentar a defesa, mas não chegaria a tempo. O 1x0 foi responsável por traduzir a superioridade espanhola em campo, e a equipe seguiria melhor até o finalzinho da etapa.
Tanto que o outro lance digno de nota desse primeiro tempo foi do ataque de La Roja. Ona Battle invadiu a área com bola dominada a encontrou Paralluelo na altura da marca do pênalti. A atacante do Barcelona girou já finalizando de pé direito, e a bola acabaria tocando em uma defensora inglesa antes de encontrar o poste esquerdo de Earps e sair para a linha de fundo.
Sarina Wiegman voltou para a etapa decisiva com Chloe Kelly e Lauren James, e é fato que a Inglaterra melhorou um pouquinho e teve mais a bola no setor de frente. Porém, Cata Coll seguiria sem fazer defesas realmente complicadas. Outro detalhe deste segundo tempo foi o pouco tempo de bola rolando – seja por lesões, decisões da arbitragem ou cera espanhola.
A primeira grande chance foi da Espanha e aconteceu já aos quatro minutos. Em combinação vista com grande frequência também no Barcelona, Aitana Bonmatí recebeu bola na área e serviu Mariona Caldentey. A ponta do clube catalão deixou Lucy Bronze para trás e chutou colocado de pé direito, obrigando Mary Earps a realizar a defesa mais bonita da decisão.
Aos oito, a Inglaterra chegou com perigo em finalização de Lauren Hemp dentro da área que passaria perto do poste direito de Cata Coll. O detalhe é: no início da jogada, Chloe Kelly estava em posição de impedimento pelo lado direito. Caso a bola tivesse balançado as redes espanholas, o lance certamente seria anulado pela arbitragem de vídeo.
![]() |
Foto: AFP |
Por falar em VAR, ele foi acionado aos 22 minutos para assinalar um pênalti a favor da Espanha. A bola tocou o braço de Keira Walsh em lance dentro da área e arbitragem acabaria marcando a penalidade após a revisão. Jenni Hermoso, que já havia desperdiçado uma cobrança contra a Costa Rica, desperdiçaria outra. O chute saiu colocado e sem tanta força, facilitando a defesa de Earps.
Outro bom lance da Espanha ocorreu ainda antes da penalidade, quando Bonmatí finalizou de pé esquerdo de fora da área e viu a bola passar pertinho do ângulo. O cenário era o mesmo de duelos anteriores da Copa, quando a seleção de Jorge Vilda estava em vantagem e era bastante superior, mas não conseguia matar o confronto ao desperdiçar oportunidades demais.
O castigo quase viria aos 30’, quando Lauren James foi acionada dentro da área e obrigou Cata Coll a enfim trabalhar. A goleira espanhola desviou para escanteio com a ponta dos dedos. Apesar do longo acréscimo e a entrada da goleadora Beth England na reta final, a Inglaterra não conseguiria mais criar chances de perigo até o apito final.
Dessa forma, a Espanha garantiu o inédito título da Copa do Mundo, tornando-se a quinta seleção da história a conquistar o torneio. Ao mesmo tempo, La Roja se tornou a segunda seleção a vencer mundiais Sub-17, Sub-20 e também o principal, se juntando ao Japão. Já a Inglaterra, campeã continental, se despede da competição com a sua melhor campanha em Copas.
Após dois 4º lugares em 2015 e 2019, as comandadas de Sarina Wiegman enfim chegaram até a decisão. A comandante, aliás, amarga seu segundo vice-campeonato após perder também a final de quatro anos atrás enquanto técnica de Países Baixos. Na ocasião, a então campeã europeia foi derrotada pelos Estados Unidos na grande decisão.
Prêmios Individuais:
![]() |
Foto: @FIFAWWC (X) |
Bola de Ouro: Aitana Bonmatí (Espanha)
Bola de Prata: Jenni Hermoso (Espanha)
Bola de Bronze: Amanda Ilestedt (Suécia)
Chuteira de Ouro: Hinata Miyazawa (Japão) – 5 Gols e 1 Assistência
Luva de Ouro: Mary Earps (Inglaterra)
Melhor Jogadora Jovem: Salma Paralluelo (Espanha)
Prêmio “Fair Play”: Japão
0 Comentários