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Surto de A a Z: Jogadores da Seleção de Corfebol contam os desafios da modalidade

Arquivo pessoal de João Vitor e Ana Santos

O corfebol é uma modalidade que vem buscando o seu espaço no Brasil mesmo com muitos desafios. Desafios muito além dos que modalidades olímpicas passam, mas o amor pelo esporte fala mais alto. É o caso dos atletas da seleção brasileira João Vitor e Ana Santos, que conversaram com o Surto Olímpico para conhecermos melhor a modalidade.


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Praticante desde 2016, Ana conheceu o jogo por intermédio de uma colega de trabalho e sua maior surpresa foi ver que ele era um esporte misto, além da versatilidade dos atletas em não ter uma  posição fixa em quadra. Já João Vitor, conheceu o esporte em uma aula de handebol em 2017, mas revelou que de início, não se interessou: "Quando acabou a aula o Vinícius Gama (treinador do Viver Bem Maricá) apresentou o Corfebol, achava um esporte muito diferente, mas passou um tempo e eu comecei a gostar e fui gostando  cada vez mais e mais do esporte"


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A maior dificuldade é sem dúvida conseguir se manter na modalidade, que sofre muito com a falta de apoio. Ana conta que com a ajuda de sua mãe, monta diversas iniciativas para arrecadar fundos para o corfebol:  "Realmente a falta de patrocínios prejudica nós atletas porque o investimento é sempre do nosso bolso, com coisas como arcar com aluguel de quadra até as viagens para o destinos dos jogos." Explicou Ana, que além de organizar rifas, bazar e vendas de lanches, tem ido até à praia para arrecadar dinheiro e divulgar a modalidade:

"Há pouco tempo eu e meu companheiro de clube e de seleção Lucas, tomamos a iniciativa de ir vender água na praia em um final de semana e aproveitamos para divulgar o esporte e a nossa possível ida ao mundial em Outubro, durante as vendas. Estamos passando por um momento delicado, indo em buscar de patrocínio. Estamos vendendo rifas e fazendo o possível para arrecadar o dinheiro necessário."

(João Vitor tem sua vaquinha pessoal para poder ir para o mundial e você pode contribuir no pix  (21) 99077-4038 e o pix da Ana é (21) 98869-9744. Para ajudar toda a seleção, o link é https://www.vakinha.com.br/3734439 )

Mas para jogar corfebol, será que é necessário alguma característica especial? Para João Vitor, ter boa estatura e agilidade ajuda, mas o principal é força de vontade, o que vai te ajudar a encontrar suas características no jogo: "Cada jogador tem uma característica diferente, tem uns que são excelentes atacando mas tem grandes dificuldades para defender e vice-versa, e tem outros que sabem defender e atacar com a mesma qualidade."


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Apesar de ser uma modalidade relativamente nova no país, João tem os seus atletas preferidos, os quais ele se espelha no esporte: "Eu tenho três pessoas que eu admiro muito: Vinícius Gama, a pessoa que me apresentou ao Corfebol e que me ensinou tudo que eu sei; Daniel da equipe do Rio, que além dele me dar um apelido de "Zé morcego", sempre me dizia que um dia eu estaria na seleção brasileira e que seria uma peça fundamental para equipe VBM (Viver Bem Maricá) , e a terceira pessoa é o Hugo do Rio, que eu chamo de 'papai Hugo', ele sempre acredita no potencial das pessoas , ele e uma pessoa incrível, que eu admiro muito!"

Já Ana revelou que além de admirar os jogadores dos Países Baixos e Bélgica, mas sem deixar de citar todos os jogadores que vem desbravando na modalidade desde a última década: 

"Os atletas que fazem e fizeram parte da seleção brasileira alguns ainda em atividades como jogadores outros como técnicos e incentivadores, que conheceram esse esporte ainda na adolescência (por volta de 2001/02) e de lá pra cá ajudam no desenvolvimento do Corfebol BR, dentro e fora de quadra. Poderia dar nomes mais seria uma galera, fica aqui minha admiração pela garra e dedicação que tiveram e ainda tem com esse esporte.❤️"

Enquanto os atletas continuam em busca de verbas para disputar o mundial, que será no Taipei Chinês em outubro, eles também se preparam e esperam fazer um bom papel na competição:  "Creio que temos grande potencial para buscar resultados excelentes no âmbito mundial,  mas estamos com dificuldade de selecionar atletas por motivos financeiros. Mas vamos em busca de ótimos resultados para o Brasil e um bom resultado para subir no ranking mundial. Temos um objetivo de continuarmos a evolução do Corfebol no Brasil e em toda a América." disse Ana.

Ver o Corfebol no programa olímpico é uma esperança dos atletas, mesmo sabendo que a modalidade se mantém longe do radar do Comitê Olímpico Internacional (COI), mesmo como características que a entidade procura, como o caráter misto do esporte, mas sabem que a modalidade precisa se desenvolver mais ao redor do mundo para poder pleitear isso. Mas se eles tivessem a chance de convencer o COI para incluir o Corfebol na Olimpíada?

"Um esporte que proporciona cooperação entre equipe e é jogador por homens e mulheres que  reflete a ideias de igualdade, incentiva um ambiente inclusivo e colaborativo com regras que exigem que homens e mulheres joguem e tenham a mesma importância nos jogos, além de incentivar atletas buscarem sua evolução em sua habilidade física e estratégicas. Para terminar, o Corfebol oferece um espetáculo visual e muitas das vezes emocionante.  A inclusão do Corfebol no programa Olímpico é perfeito já que inclui ideias do COI que é Igualdade, Respeito e Fair Play, ao mesmo tempo, seria uma honra ver esse esporte que aprendi a amar, ter uma vaga no programa olímpico." argumenta Ana


Onde jogar

Na equipe da Ana, o Rio Corfebol, podem entrar em contato por via Instagram (@Riocorfebol) para saber o local e horário de treinamentos. Também pode-se entrar em contato com o instagram da  @SeleçãoBrasileiraDeCorfebol

Já na equipe de João Vitor, só entrar em contato no instagram @viver_bem_corfebol ou ir no horário dos treinos , que são de segunda (18h30 às 20h) e sexta (16h às 18h), na arena são José em Maricá. 


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