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WADA revela sanções a mais de 200 atletas russos por investigação de 2019

Craig Reedie ex-presidente da Wada / Reprodução: Denis Balibouse/Reuters

 

Mais de 200 atletas russos sofreram sanções como parte da investigação da Agência Mundial Antidoping (WADA) no Laboratório de Moscou, iniciado em 2019. A WADA confirmou que o número de sanções emitidas pelas Organizações Antidopagem (ADO), com base em dados e amostras recuperadas pela "Operação LIMS", atingiu um marco significativo de mais de 200 esportistas.

 

Segundo a WADA, 203 atletas da Rússia foram sancionados por 17 Organizações Antidopagem e também revelou que outros 73 atletas foram indiciados, outros 182 casos permanecem sob investigação. As sanções vêm após o trabalho da equipe de Inteligência e Investigações da WADA para coletar dados e amostras do Sistema de Gerenciamento de Informações do Laboratório (LIMS) do Laboratório de Moscou há quatro anos.

 

"O sucesso contínuo da investigação da Operação LIMS é uma prova do trabalho significativo que está sendo conduzido pelos departamentos de Inteligência e Investigações e Assuntos Jurídicos da WADA. Também gostaria de agradecer às Federações Internacionais e outras Organizações Antidoping que acompanharam a investigação dos pacotes de evidências e continuam a apresentar casos conforme apropriado", disse o presidente da WADA, Witold Bańka.

 

Bańka afirmou ainda que a WADA está acompanhando todas as autoridades relevantes envolvidas na investigação para garantir que a justiça seja feita para os atletas de todo o mundo.

 

O diretor da equipe de Inteligência e Investigações da WADA, Gunter Younger, acrescentou: “A WADA está satisfeita por ter ultrapassado este marco significativo de 200 casos sancionados com sucesso. No entanto, ainda há muito trabalho pela frente. O sucesso desta operação se deve em grande parte ao investimento que a WADA e a comunidade antidoping fizeram em inteligência e investigações e demonstra o que pode ser alcançado por meio de uma colaboração efetiva”.

 

 Younger disse ainda que a Agência Antidoping Russa (RUSADA) demonstra continuar a não cumprir o Código Mundial Antidoping, mesmo depois que a WADA descobriu a manipulação dos dados do Laboratório de Moscou em uma tentativa de encobrir o doping patrocinado pelo estado.

 

Grigory Rodchenkov era o ex-chefe do Laboratório de Moscou antes de fugir para os Estados Unidos e se tornar denunciante em 2015, quando forneceu muitas das evidências contra atletas russos acusados de doping nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno de 2014 em Sochi. Rodchenkov permanece escondido em um local não revelado.

 

A RUSADA foi declarada não conforme pela primeira vez em 2015 antes de ser restabelecida em 2018, o que a WADA afirma ter aberto o caminho para suas missões à Rússia em janeiro e abril de 2019 para recuperar dados do LIMS do Laboratório de Moscou, bem como várias amostras .

 

Após a investigação, descobriu-se que alguns dos dados foram manipulados, o que resultou na decisão da WADA de não conformidade com a RUSADA novamente em dezembro de 2019 e emitiu um pacote de punições.

 

O nome, a bandeira e o hino russos foram banidos do Campeonato Mundial e dos eventos olímpicos sob sanções impostas pela WADA e o país proibido de se candidatar para sediar tais competições. Essas punições foram reduzidas de quatro para dois anos pelo Tribunal Arbitral do Esporte em dezembro de 2020.

 

A proibição terminou em dezembro do ano passado, mas Bańka insistiu que a RUSADA ainda não estava em conformidade e sua suspensão não seria suspensa até que vários problemas fossem resolvidos.

 

O Código Mundial Antidopagem de 2021 não estar totalmente integrado à lei russa é uma das principais questões que a WADA diz que deve ser resolvida para considerar a reintegração da RUSADA.


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