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IBA cria Comitê específico para tentar salvar o futuro do boxe nas Olimpíadas

Reprodução: arquivo Agência EFE

 

A Associação Internacional de Boxe (IBA) criou um Comitê para facilitar o diálogo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e tentar resolver a disputa de longa data entre as duas organizações. O IBA foi suspenso pelo COI em 2019, devido a preocupações com julgamento e arbitragem, estabilidade financeira e governança. A relação entre a IBA e o COI vem se deteriorando desde que Kremlev assumiu o comando da organização.

 

O russo Umar Kremlev, presidente da IBA, disse que uma "abordagem colaborativa" é necessária para garantir o futuro do esporte nos Jogos Olímpicos, assegurando que a IBA está acompanhando todas as solicitações do COI e o trabalho vem sendo feito, com alguns pedidos já atendidos.

  

Ele fechou um acordo de patrocínio com o fornecedor estatal de energia da Rússia, Gazprom, piorou a situação, especialmente após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro do ano passado, no entanto, o chefe da IBA anunciou hoje que o patrocínio já terminou.

 

Uma Força-Tarefa de Boxe do COI foi responsável pelo esporte em Tóquio 2020 e deve fazê-lo também em Paris 2024, embora isso não seja garantido devido a uma briga sobre os oficiais técnicos. Uma reunião ocorreu entre o COI e a IBA e um resultado é esperado em breve pois o boxe continua fora do programa inicial para Los Angeles 2028.

 

De acordo com o secretário-geral da IBA, George Yerolimpos, o Comitê específico criado para alinhamento com o COI é representado por ele mesmo, todos os presidentes das federações continentais, o vice-presidente Ajay Singh, da Índia, e o membro do Conselho de Administração da IBA, Jinqiang Zhou, que também é vice-ministro do Esporte na China.

 

A IBA permitiu que boxeadores da Rússia e de Belarus competissem com sua própria bandeira e hino, inclusive no Campeonato Mundial. A decisão contraria as recomendações do COI de que os atletas dos dois países devem competir apenas como neutros em condições estritas devido à guerra na Ucrânia.

 

O medalhista de prata dos médios leves de Seul em 1988, Roy Jones Jr., dos Estados Unidos, instou o COI a reconsiderar sua atitude em relação ao corpo diretivo e reabrir as portas para a Associação de Boxe.

 

"Não vejo problema em o boxe e a IBA fazerem parte da família olímpica, pois o esporte tem tudo, é amplamente amado e praticado, ajudou milhões de pessoas a encontrar seu caminho na vida. Peço novamente ao COI que reconsidere sua atitude em relação ao IBA", finalizou Roy Jones Jr.

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