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Após bronze histórico na Bulgaria, Barbara Domingos destaca importância do preparo mental antes do GP de Thiais


Barbara durante uma prova de fita
Foto: Ricardo Bufolin/CBG


Depois de fazer história na etapa de Sófia da Copa do Mundo, ao conquistar a primeira medalha do Brasil em disputas individuais desse nível, Bárbara Domingos permanece em solo europeu. Nesta semana, ela vai treinar na França. No fim de semana (8 e 9 de abril), a ginasta curitibana participará do Grand Prix de Thiais, cidade localizada na região metropolitana de Paris.

Antes de seguir viagem, Bárbara parou para refletir um pouco sobre as barreiras que têm derrubado neste ciclo olímpico, e a respeito das virtudes que tem desenvolvido para chegar ao seu atual patamar. No último final de semana, ela se tornou a primeira brasileira finalista individual numa etapa de Copa do Mundo, ao se classificar entre as oito melhores no arco e na fita. E, logo em sua segunda oportunidade, já conquistou medalha, o bronze na fita. “Tenho trabalhado muito a minha parte psicológica, mental. Acho que isso é o que mais ajuda o atleta a superar barreiras. Se a parte psicológica estiver boa e o corpo também, tudo tende a dar certo. Foi todo um conjunto de coisas que me ajudou a ter essa força para conquistar essa medalha”.

Babi, que foi também a primeira brasileira a ser finalista no individual geral de um Mundial, na edição de Kitakyushu, poucos meses depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio, acredita que, com a série de barreiras que tem superado, a arbitragem internacional passa a ver a GR do Brasil com outros olhos. “Desde 2021, quando consegui ir para aquela final no Mundial, todos os árbitros passaram a nos enxergar com um olhar diferente. A Ginástica Brasileira tem evoluído ano após ano. Depois dessa medalha, vão passar a considerar a GR individual do Brasil ainda mais, assim como já veem a de conjunto. Isso é muito bom, e sinaliza que nosso trabalho tem sido muito bem feito”.

Depois de brilhar nos Jogos Pan-Americanos de Lima, conquistando a prata na fita, em 2019, Bárbara ficou muito perto da vaga olímpica no Pan-Americano de GR de 2021. Ela ficou a apenas 2,25 pontos de distância da mexicana Rut Castillo, que se sagrou campeã no individual geral no Rio de Janeiro e assegurou a única vaga em disputa para os Jogos de Tóquio.

“Aquele foi um aprendizado muito difícil: ficar tão perto da vaga olímpica e não conquistá-la. Foi meu primeiro ciclo olímpico, então era tudo muito novo pra mim. Era uma sensação mágica estar lá disputando, mas perder a vaga foi também uma frustração muito grande. Muitas coisas mudaram desde então. Sei o que fiz, o que deu errado. Eu e a minha treinadora (Márcia Naves), já sabemos o que evitar, e vamos fazer o certo. Aquela experiência ruim nos fez amadurecer muito”.

Na opinião de Bárbara, o que tem feito a diferença, tanto na GR de conjuntos como na individual, é um trabalho espelhado nas virtudes das ginastas europeias, que dominam a modalidade. Para se ter uma ideia, das 51 medalhas olímpicas já distribuídas na modalidade, apenas duas, conquistadas por atletas do Canadá e da China, não ficaram em mãos europeias.

“A gente tem trabalho com muito foco nas adversárias. As europeias são muito boas. Estamos mapeando tudo o que podemos melhorar em cima delas. A gente pode trabalhar em cima das nossas dificuldades para chegar ao mesmo patamar das europeias. Estamos dando o nosso melhor e vendo que o resultado está vindo”.

Curiosamente, o pódio de Sófia-2023 na fita, com uma ginasta do Uzbequistão, uma do Cazaquistão e uma do Brasil, foi o primeiro, em toda a história das etapas da Copa do Mundo, em que não houve presença europeia numa disputa individual.

Programação


No dia 10, um dia após o final do GP de Thiais, Bárbara embarca para Tashkent, no Uzbequistão, onde vai disputar a próxima etapa da Copa do Mundo, do dia 14 ao 16, ao lado de Maria Eduarda Alexandre.

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