O Comitê Olímpico Internacional (COI) diz que não aceita as “declarações difamatórias” do assessor presidencial ucraniano Mykhaylo Podolyak. O ex-jornalista disse que o COI era um “promotor de guerra, assassinato e destruição”, após a decisão do comitê de considerar maneiras de os atletas russos competirem nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
“O COI rejeita nos termos mais fortes possíveis esta e outras declarações difamatórias. Elas não podem servir de base para qualquer discussão construtiva, portanto, o COI não fará mais comentários sobre essas declarações”, disse um porta-voz do COI à CNN em um comunicado na terça-feira (31).
O COI indicou que os atletas da Rússia e de Belarus “poderiam participar de competições como atletas neutros e de alguma forma representar seu estado ou qualquer outra organização em seu país, como já está acontecendo nas ligas profissionais, principalmente na Europa, Estados Unidos e Canadá, e em alguns esportes profissionais individuais.”
Já o assessor presidencial ucraniano Podolyak escreveu em uma rede social: “O COI assiste com prazer a Rússia destruindo [a Ucrânia] e depois oferece à [Rússia] uma plataforma para promover o genocídio e encoraja seus novos assassinatos. Obviamente, o dinheiro [russo] que compra a hipocrisia olímpica não cheira a sangue [ucraniano]. Certo, Sr. Bach”.
Durante seu discurso noturno no sábado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que “escreveu uma carta aos presidentes das Federações Esportivas Internacionais com um apelo para reconsiderar a decisão do Comitê Olímpico Internacional de devolver os atletas russos às competições internacionais”.
Segundo Zelensky, uma vez que “atletas russos aparecem em competições internacionais, é apenas uma questão de tempo até que comecem a justificar a agressão da Rússia e usar os símbolos do terror”. Ele chamou a decisão do Comitê Olímpico Internacional de “uma flexibilidade sem princípios”.
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