O atleta da República Dominicana,
Zacarias Bonnat, medalhista olímpico de prata no ano passado em Tóquio, no levantamento de pesos, e que
foi eleito como representante da Comissão de Atletas do Conselho Executivo da
Federação Internacional de Halterofilismo (IWF), em setembro, foi pego no
doping ao testar positivo para uma substância proibida.
Bonnat foi um dos quatro atletas
suspensos provisoriamente após testarem positivo no exame antidoping realizado
48 horas antes do início do Campeonato Mundial da IWF em Bogotá, na Colômbia,
conforme anunciado pela Agência Internacional de Testes (ITA). Além do
dominicano, foram dois ucranianos e um atleta do Egito.
O presidente da IWF, Mohamed
Jalood, se mostrou otimista de que o esporte está caminhando na direção certa,
mesmo com notícias de doping chegarem em período tão próximo ao primeiro evento
de qualificação para Paris 2024. Jalood, enquanto era secretário-geral da IWF
defendeu que todos os assuntos antidoping fossem tratados por uma agência
externa e continua insistindo em aumentar a força do programa antidoping da IWF.
Ele não quis comentar casos
específicos, mas disse: "Os trapaceiros não vão se safar disso. A IWF está
determinada a fornecer um campo de jogo limpo para nossos atletas limpos. Estamos
empenhados em trabalhar com o ITA para aumentar ainda mais os testes fora da
competição, usando inteligência, e estamos considerando todas as recomendações
do ITA para continuar nosso progresso. Queremos um esporte limpo e o ITA vai
nos ajudar nisso”.
Jalood afirmou ainda que foram
gastos US$ 3 milhões de dólares em antidoping no ano passado e que estão
levamos a sério essa captura de atleta em doping.
O atual secretário-geral da IWF, Antonio
Urso, disse que não haverá tratamento especial para nenhum atleta, sejam eles
campeões olímpicos ou competidores de nível inferior. Ele disse: "Sinto
muito por Zacarias Bonnat, medalhista em Tóquio e membro do Conselho Executivo
da IWF, e é claro que espero que sua amostra B seja negativa, mas isso mostra
que a IWF não favorece ninguém.
Durante uma longa reunião em
Bogotá hoje, o Conselho da IWF votou unanimemente a favor de uma nova
estratégia do ITA, em que haverá mais coleta de informações, mais
acompanhamentos e um relacionamento mais próximo com as Organizações Nacionais
Antidoping. Os atletas serão colocados em uma das três categorias para ajudar o
ITA a ter uma visão da melhor forma de testar fora de competições. A nova
estratégia do ITA, irá para a Agência Mundial Antidoping (WADA) para aprovação.
Bonnat ao receber a comunicação
do ITA, imediatamente renunciou ao cargo na Diretoria e retirou a candidatura à
Comissão de Atletas. Ele deu positivo em um teste fora de competição em 13 de
novembro para o receptor de andrógeno SARMS RAD140, uma substância proibida que
é popular entre os fisiculturistas.
Sua retirada como candidato
significa que o representante masculino pan-americano na Comissão de Atletas
será Keydomar Vallenilla, da Venezuela, que também conquistou a medalha de
prata em Tóquio, ou o americano Hampton Morris, de 18 anos.
Os dois ucranianos, que também
perderão o Mundial, são o levantador de 96kg Ruslan Kozhakin e o superpesado
Bohdan Taranenko, de 20 anos, medalhista de bronze este ano no Mundial Júnior da
IWF, na Grécia. Ambos testaram positivo fora da competição em 27 de outubro
para trimetazidina, um agente anabolizante proibido que pode melhorar a
resistência.
O egípcio Ahmed Emad Mohamed deu
uma amostra positiva para hormônio de crescimento humano no Campeonato Africano
no Cairo em 29 de outubro depois de ganhar uma varredura de ouros até 73kg. Ahmed
foi um dos levantadores suspensos após uma série de positivos de jovens
egípcios no Campeonato Africano Juvenil e Júnior no Cairo em 2016.
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