Líderes dos rankings em suas categorias e integrantes do Time Ajinomoto, Alana Maldonado e Thiego Marques disputam medalhas no Campeonato Mundial de judô paralímpico, que começa nesta terça-feira (8) em Baku, no Azerbaijão.
Os dois judocas chegam à competição após os ótimos resultados que conquistaram ao longo desta temporada. “Este Mundial será a competição mais forte do ano, mas eu me sinto totalmente pronta para conquistar o bicampeonato mundial. Sinto-me forte e preparada. Claro que existe uma pressão extra, mas levo isso pelo lado positivo”, afirmou Alana, atual campeão paralímpica e que compete na categoria 70 kg J2 (que reúne atletas que tenham percepção de vulto ou definição de imagem).
O Mundial de Baku também será sua primeira grande competição desde os Jogos Paralímpicos de Tóquio, quando se tornou a primeira judoca brasileira a conquistar a medalha de ouro. Alana lidera o ranking mundial da IBSA ao lado da cubana Dalidaivis Rodriguez Clark, com 210 pontos.
Para Thiego Marques, atleta da categoria 60 kg J2, as expectativas também são boas. “Acredito que estou na minha melhor forma e espero sair de Baku com a medalha de ouro. Graças aos ótimos resultados que consegui este ano em competições na Turquia, São Paulo e no Cazaquistão, sou líder na minha categoria. Então, já chegarei com tudo mundo prestando atenção em mim. Como sou o melhor do mundo hoje, quero me manter assim e sair campeão”, disse Thiego, que lidera o ranking com 420 pontos.
Nova classificação e mudanças de categoria
O Campeonato Mundial de Baku será a primeira grande competição do ciclo para os Jogos de Paris 2024 sob efeito das mudanças nas classificações oftalmológicas e alterações nas categorias de peso do judô paralímpico. Agora, quem for cego total lutará somente contra outro atleta da mesma condição (J1), enquanto judocas com percepção de vulto ou definição de imagem lutarão em outra categoria (J2). Em relação às categorias de peso, a partir de agora serão quatro no feminino e quatro no masculino.
Para Alana Maldonado e Thiego Marques, isso não representará uma dificuldade a mais para eles no Azerbaijão. “Somente lá teremos conhecimento de quais atletas participarão deste ciclo, especialmente após as mudanças de peso”, explicou Alana. “Não apresenta necessariamente uma dificuldade, mas sim um desafio. Será um campeonato onde todos os países terão representantes, com um ou dois atletas em cada categoria, então todas as chaves estarão lotadas. Ter a categoria mais lotada será um desafio ainda maior”, comentou Thiego.
Foto: Alê Cabral/CPB
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