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WADA tentará encorajar a RUSADA a divulgar publicamente o veredito final do caso Kamila Valieva


A Agência Mundial Antidoping (WADA) tentará encorajar a Agência Antidoping Russa (RUSADA) a divulgar publicamente o veredito final em relação ao caso de doping de Kamila Valieva.

Na época do resultado adverso em meio aos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022, a RUSADA optou por manter privada a decisão, pelo fato de Valieva ter apenas 15 anos e ser uma “pessoa protegida” pelo Código Mundial Antidoping.

“Sob os termos do Código Mundial Antidoping, não há obrigação da autoridade de gestão de resultados (neste caso, a Agência Antidoping Russa) de tornar públicos os detalhes de um caso do doping até que o caso seja concluído, incluindo qualquer recurso que possa ser apresentado e ouvido”, disse o porta-voz da WADA ao site InsideTheGames.

“E em casos envolvendo menores, como este, não há obrigatoriedade de divulgação em nenhuma fase”.

“No entanto, dado que este caso já é público, a WADA incentivará a RUSADA a fazer a divulgação pública apropriada, levando em consideração as circunstâncias do caso”.

“Como em todos os casos, a WADA revisará minunciosamente a decisão da RUSADA neste caso e se reserva o direito de apelar ao Tribunal Arbitral do Esporte, se apropriado”.

A RUSADA foi informada do resultado positivo para a substância trimetazidina em 8 de feveiro, um dia após a equipe russa de patinação artística conquista o ouro olímpico e que devido ao teste positivo de Valieva fez com que a cerimônia de medalhas dessa prova não ocorresse até agora.

Estados, Japão e Canadá, respectivamente, segundo, terceiro e quarto colocados da prova, aguardam a definição dessa situação.

Na época a RUSADA, optou por não suspender a jovem patinadora, permitindo que a recordista mundial participasse do evento feminino em Pequim 2022.

O Comitê Olímpico Internacional, a União Internacional de Patinação e a WADA entraram com recurso no CAS para que a suspensão provisória fosse restabelecida, mas eles foram indeferidos.

Valieva competiu no individual com um asterisco no nome, liderou a competição até a metade, mas caiu algumas vezes no estilo livre e ficou na quarta colocação, em prova vencida por sua compatriota Anna Shcherbakova.

Travis Tygart, executivo chefe da USADA, fez críticas a RUSADA por manter todo o processo do caso e a decisão final em segredo.

“Se ela for legitimamente exonerada, então não há nada a esconder e isso deve ser tornado público”, disse Tygart ao InsideTheGames.

“Certamente, manter a decisão e os fatos em segredo zomba de todo o processo e não é de admirar que os atletas e o público não confiem no sistema global antidoping da WADA”.

Vale lembrar que por Valieva ser uma pessoa protegida, qualquer punição por uma violação de regra antidoping pode ser menos severa do que seria o caso.

Foto: Toby Melville/ Reuters

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