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Vovó de 86 anos percorre 1.088km de carro para ver a neta judoca ser ouro em Assunção


Amor pelo esporte e pela neta. Foi isso que fez com que Dona Chirlei, de 86 anos, saísse de Porto Alegre e percorresse 1.088km até Assunção, para ver a neta, Gabrielle Gonzaga, disputar os Jogos Sul-americanos 2022. E a retribuição não poderia ser maior. Gabrielle, de apenas 21 anos, venceu suas três lutas na competição, incluindo a final com um ippon por imobilização, e faturou na última segunda-feira (10) o ouro na categoria até 57kg. Um verdadeiro orgulho para a vovó-coruja.

“A avó acompanha desde pequena, mas agora estou com um problema no joelho. Foram dois dias de viagem e uma luta titânica para chegar até aqui (o local da competição). Eu a admiro muito porque ela é uma batalhadora. Foi muito emoção eu estar aqui e vê-la sendo premiada. Oxalá, eu possa vê-la brilhando ainda mais. É o meu orgulho, minha neta favorita, é uma excelente atleta, não tenho palavras para descrever. Chorei demais com a homenagem dela. Não consegui conter, foi muita alegria”, disse Chirlei, que viajou com o filho Luiz Gonzaga Júnior, de 53 anos, e com a nora Jane, de 51.

A neta fez questão de retribuir os beijos que a vovó, sentada em sua cadeira de rodas ao lado do tatame, jogava para ela depois do ippon. “Eu tive que fazer um coração para ela. Ela nunca foi numa competição minha fora do Brasil e, as vezes, fica muito emocionada e não consegue olhar a luta. Só vê o placar para saber quem jogou depois. Trazer esse título foi muito bom, estou muito feliz. Já tinha lutado os Jogos uma vez e fiquei no terceiro lugar. Mas com eles aqui, a minha energia subiu lá em cima e pensei: se eu não conseguir por mim, vou ter que conseguir por eles”, contou Gabi.

O pai orgulhoso, primeiro técnico, contou como foi o planejamento para essa aventura. “No meu tempo de atleta, minha mãe sempre ia me assistir e ela faz o mesmo com as netas. Com essa pandemia, ficamos muito tempo ser ver judô. Hoje, minha filha mora em Belo Horizonte. Então, com essa distância, essa saudade, aproveitamos para unir o útil ao agradável, porque nós gostamos muito de viajar de carro”, contou Luiz.

“Ver ela vencer e ouvir o hino nacional fez com que todo o esforço que fizemos valesse a pena”, completou Jane, que, junto com o Luiz e Shirlei, já planejam a próxima viagem em família. “Pretendemos ir a Belo Horizonte” para visitar a Gabi. E, claro, ver um pouco mais de judô.

Foto: Miriam Jeske/COB

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