O Chefe de Federação dos Países Baixos de Boxe, Boris van de
Vorst, fez duras críticas sobre a decisão da Associação Internacional de Boxe
(IBA) de permitir que os boxeadores da Rússia e de Belarus retornem a
competições organizadas pela entidade, classificando-a como “totalmente inaceitável”.
Van der Vorst planejava desafiar o atual presidente da
entidade, Umar Kremlev, em uma repetição da eleição presidencial, mas os
delegados decidiram não realizar a votação durante Congresso Extraordinário da
IBA em Yerevan, Armênia.
Em comunicado após decisão da IBA, sobre os boxeadores da
Rússia e de Belarus, Van der Vorst disse que a medida “só aumenta os riscos
relacionados à integridade das competições de boxe, que já é área mais
problemática para a Federação Internacional”.
Ele acrescentou que “contraria a recomendação Comitê
Olímpico Internacional (COI) e separa ainda mais a IBA do Movimento Olímpico”.
De acordo com o COI, os últimos movimento da IBA serão
discutidos em sua próxima reunião do Conselho, marcada para 5 a 7 de dezembro.
“Como já expresso, o Conselho Executivo do COI revisará
completamente a situação geral do boxe em sua próxima reunião, incluindo a
situação geral do boxe em sua próxima reunião, incluindo outros
desenvolvimentos recentes, como os resultados de seu Congresso Extraordinário”,
disse o porta-voz do COI.
O presidente da IBA, afirmou que “chegou a hora” dos atletas
da Rússia e de Belarus retornarem ao esporte internacional.
Os boxeadores podem lutar sob bandeiras nacionais com efeito
imediato, enquanto os oficiais técnicos da Rússia e de Belarus poderão
participar das competições IBA e os hinos nacionais dos países serão tocado
caso os lutadores conquistem medalha de ouro.
Essa decisão vai no sentido oposto a recomendação do COI
para suas Federações Internacionais de que suspendam os atletas da Rússia e de
Belarus devido ao envolvimento de seus países na invasão da Ucrânia.
Em comunicado, a IBA disse que “a política não deve ter
nenhuma influência no esporte” e alegou que a decisão foi tomada no interesse
da igualdade.
“A IBA acredita fortemente que a política não deve ter
nenhuma influência sobre o esporte”, diz o comunicado da IBA.
A decisão ocorre alguns dias depois da Federação de Boxe da
Ucrânia ser suspensa pela IBA, sob a alegação de “interferência do governo”.
Van der Vorst também se posicionou sobre esse assunto: “Assim
como a suspensão da Federação Ucraniana de Boxe antes do Congresso em Yerevan,
a decisão de permitir a participação de boxeadores da Rússia e de Belarus não
está enraizada na neutralidade política e não considera os interesses do mundo comunidade
de boxe”
“Ao contrário das mensagens da IBA, está decisão é uma
aplicação da agenda geopolítica do governo russo sobre o esporte no boxe”.
“Está claro que a IBA é refém de sua liderança russa e eles
estão determinados a manter o corpo governante sob seu controle a qualquer
custo”.
“Juntamente com muitos representantes de Federações
Nacionais, buscaremos maneiras de garantir integridade das competições de boxe
e continuaremos lutando para garantir um lugar olímpico para nosso esporte, com
ou sem a IBA”.
O COI suspendeu o reconhecimento da IBA em 2019 e organizou
o torneio de boxe em Tóquio 2020.
Existe o risco de fazer o mesmo em Paris 2024, enquanto até
o momento está fora do programa de competições de Los Angeles 2028.
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