Últimas Notícias

Erik Cardoso faz sua 2ª melhor marca da vida nos 100 m do Sul-Americano de Atletismo sub-23


O velocista Erik Cardoso venceu os 100 m para o Brasil com 10.08 (0.5 m/s), recorde do campeonato e a sua segunda melhor marca pessoal, nesta quinta-feira (29/9), no Campeonato Sul-Americano Sub-23, no Centro Nacional de Treinamento em Atletismo, em Cascavel, Paraná. Erik travou um duelo com o argentino Florio Franco, o segundo com 10.11. O colombiano Ronal Longa Mosquera ficou com a medalha de bronze, com 10.30. O recorde anterior do campeonato pertencia a Derick de Souza Silva, com 10.17, feito em Cuenca, Equador, em 28/9/2018.

O Sul-Americano Sub-23, com 277 atletas de 11 países, segue até sábado (1/10). O Brasil fechou o primeiro dia de competições com 21 medalhas (7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze). O Equador está em segundo lugar, com 6 medalhas (4, 2 e 0), seguido do Chile também com 6 medalhas (3, 2 e 1).

"Me senti muito bem, graças a Deus e a Nossa Senhora, nessa corrida. Estava com dor no joelho, a semifinal não foi o eu esperava, mas quando se está fraco vem Deus e mostra que não é bem assim. Foi a minha segunda melhor marca da vida. Tive foco na aceleração e em atacar para a frente, deu certo, mas ainda dá para melhorar", disse Erik, que foi até a grade para abraçar Felipe Bardi, o seu colega de clube (Sesi-SP) e de treinamento que veio para torcer e os seus treinadores Darci Ferreira e Rosana Soares. "Agradeço a CBAt, o Sesi, meus patrocinadores, o Exército e o Elói de Oliveira, meu fisio. Não esquece o Elói!", disse Erik que mandou um beijo para a namorada Giovana Rosália.

A equatoriana Anahi Gabriela Suarez venceu os 100 m feminino em 11.37 (0.5 m/s). "Me senti muito bem na prova. Fui muito bom vencer porque é apenas o meu terceiro 100 m na temporada. Este ano passei a correr os 400 m", disse Anahi. A brasileira Vida Aurora Caetano (Tornado-DF) foi vice-campeã com 11.55, sua melhor marca nesta temporada. Martina Coronato, do Uruguai, conquistou a medalha de bronze (11.71).

Chayenne Pereira da Silva foi a campeã sul-americana dos 400 m com barreiras em 57.51. Valeria Cabezas Caracas, da Colômbia, ficou com a medalha de prata (58.12) e a brasileira Camille Cristina de Oliveira (Barra Bonita-SP) com a de bronze (1.00.09).

"Consegui aquecer bem, fiz uma prova muito boa, consciente, apesar de ter errado um pouco em umas barreiras. Mas voltei a ficar confiante e assim como em 2018 eu disse que estaria nos Jogos Olímpicos de Tóquio agora digo que estarei em Paris, em 2024", afirmou Chayenne que sofreu uma lesão em abril, na fase pré-competição, correu no Ibero-Americano, no Troféu Brasil e no Mundial de Eugene (EUA), mas não conseguiu repetir os seus melhores resultados. "Agora é fazer os Jogos Sul-Americanos de Assunção, ir para as férias, e voltar para a base de 2023", completou a atleta de 22 anos, do Pinheiros.

Nos 400 m com barreiras masculino a vitória ficou com Bruno Agustín de Genaro, da Argentina, com 50.55, com o brasileiro Matheus Lima da Silva, do CRB-AL (50.87), em segundo e o venezuelano Egbert Guevara (51.68) em terceiro.

Numa prova com apenas quatro atletas, a brasileira Maria Lucineida Moreira (Projeto Atletismo Campeão-PE) confirmou o seu favoritismo e venceu os 5.000 m com 16:45.90. "Foi uma prova boa, apesar de ter corrido quase todo o tempo sozinha. Gostaria de fazer um PB, mas infelizmente não deu. Mas estou feliz por esse bicampeonato", disse Maria Lucineida. Shellcy Esther Cervantes, da Colômbia, foi a segunda colocada (16:57.78) e a brasileira Núbia de Oliveira Silva (APA Petrolina-PE) a terceira (16:58.74).

David Ninavia Mamani, da Bolívia, foi o campeão dos 5.000 m (14:39.91), com Valentin Soca, do Uruguai, em segundo (14:41.06) e Julio Palomino, do Peru, em terceiro (14:42.83).

O Brasil fez uma dobradinha nos 800 m com Eduardo Ribeiro Moreira (1:48.15) e Leonardo Santos de Jesus (1:48.71), ambos atletas do Pinheiros-SP. Marco Vilca, do Peru, foi o terceiro colocado, com 1.49.69. "Antes da prova pensei em sair um pouco mais atrás se o pessoal resolvesse puxar, da Colômbia, do Peru, que tinham tempos bons no ranking. Mas na hora se saíssem fraco eu ia puxar. Ninguém saiu, eu fui para a frente, administrei a primeira volta e fiz a final forte. Estou feliz e agora é correr os 1.500 m no sábado e sair com o ouro também". disse Dudu.

A chilena Berdine Castillo venceu os 800 m em 2:09.61. O Brasil ficou com as medalhas de prata com Isabelle de Almeida, com 2:10.02, e de bronze, com Lindsey Lopes, em 2:10.31.

No salto em distância feminino o título foi para a chilena Rocio Muniz, com 6,32 m (0.8). As brasileiras Lissandra Maysa Campos (Instituto Vicente Lenílson-MT), com 6,32 m, e Vanessa Sena dos Santos (ADCO-SP), com 6,15 m, ficaram com as medalhas de prata e bronze.

Também o pódio do arremesso do peso teve duas brasileiras - Rafaela de Souza (Atletismo Poços de Caldas-MG) conquistou a medalha de ouro, com 15,87 m, e Taniele da Silva (Pomerode-SC) a de bronze, com 13,92 m. Lorna Marly Zurita Delgado, do Equador, ficou com a prata, com 15,59 m.

Mirelle Leite conquista a primeira medalha brasileira na competição


A fundista Mirelle Leite da Silva, pernambucana descendente da etnia indígena Xukuru, conquistou a primeira medalha de ouro do Sul-Americano. A atleta de 20 anos, do Brasil, atleta do Projeto Atletismo Campeão-PE que treina em Pesqueira, venceu os 3.000 m com obstáculos em 10.32.79 - tornou-se bicampeã sub-23 da distância. Stefany Lopez Mendonza, da Colômbia (10.46.78), ficou com a medalha de prata e Verônica Huacasi, do Peru (10.56.73), com a de bronze.

"Eu corri para ganhar a prova, pensando na medalha e no título. Estou muito feliz e quero agradecer a Aeronáutica, meus patrocinadores e mandar um beijo para o meu filho Lucas Gabriel, de 5 anos", disse Mirelle que disputará os Jogos Sul-Americanos Assunção 2022, numa delegação do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Nos 3.000 m com obstáculos masculino a vitória foi do peruano Julio Palomino (9.18.90). Os brasileiros Matheus Estevão da Silva Borges (ASPMP-SP), com 9.29.01, e Natan dos Anjos Nepomuceno (GE Alta Velocidade-SP), com 9.37.00, ficaram com as medalhas de prata e de bronze.

Elton Petronilho foi também destaque do Brasil na primeira etapa da competição em Cascavel. Venceu o salto em altura com 2,15 m, no que pode ser sua despedida da prova. Elton, de 20 anos, atleta do EC Pinheiros, que treina com Kiyoshi Takahashi, está migrando para o salto triplo, prova que disputará no sábado (1/10). "Fiz poucos treinos e não estava muito confiante no salto em altura, mas foi muito bom ganhar mais um título sub-23", disse o bicampeão da prova no Sul-Americano. "Senti uma adrenalina muito boa, mas o triplo já abriu oportunidades. Quero tentar ir bem no triplo", disse Elton que já coleciona seis competições na prova e tem como melhor marca 16,08 m.

Os chilenos Pedro Alamos (2,15 m) e Nicolas Numair (2,13 m) conquistaram as medalhas de prata e de bronze no salto em altura. O Chile ainda teve Daniel Leal no topo do pódio no lançamento do martelo, com 64,46 m. Os argentinos Tommasi Sebastian (62,00 m) e Tomas Olivera (61,75 m) ficaram com a prata e o bronze.

Foto: Wagner Carmo/CBAt

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar