De acordo com o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, uma decisão sobre a participação nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 de atletas da Rússia e de Belarus será tomada em novembro, mas que a guerra ainda em curso na Ucrânia significa que a punição que iniciou-se em Pequim 2022 permanece.
Parsons afirmou em entrevista à agência de notícias Reuters, que a decisão final da participação dos atletas da Rússia e de Belarus em Paris 2024, será decidida durante a Assembleia Geral do IPC programada para acontecer em novembro, mas que a guerra em curso dificulta uma posição diferente da que foi tomada para Pequim 2022.
“Teremos que esperar pela Assembleia Geral extraordinária. Portanto, precisamos que a Assembleia Geral tome decisões e nos dê uma indicação clara de onde os membros querem ir”, disse Andrew Parsons.
“O que posso dizer é que tivemos um posicionamento muito forte de nossa própria associação durante as Paralímpiadas de Pequim e isso para mim foi realmente impressionante chegará nessa direção”.
“Eu não acho que as coisas realmente mudaram muito na Ucrânia. Não há sinais de que a situação vai mudar. Temos três meses até novembro. Se a situação mudar, podemos ter discussões diferentes em comparação com Pequim”.
As competições classificatórias para Paris 2024 devem ocorrer em 2023 e 2024, mas a decisão de manter a proibição do IPC excluiria russos e belarussos dessas competições, portanto deixando todos os atletas desses países fora de Paris 2024.
Caso o IPC decida por excluir os atletas russos e de Belarus, será a segunda edição paraolímpica de verão que a Rússia fica de fora, sendo a primeira na edição do Rio 2016, devido ao enorme escândalo de doping.
“Queremos atletas russos e belarussos competindo? Nossa mensagem é que queremos todos os atletas de todas as nações, mas o que está acontecendo na Ucrânia é algo que vai além dessa aspiração”, disse Parsons.
“Se nosso movimento decidir que eles (atletas russos e belarussos) não estarão nos Jogos, sim, sentiremos falta de alguns atletas, mas o esporte sobreviverá”.
Foto: Reuters/ Peter Cziborra
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