O paranaense Gabriel Luiz Boza (APA-SP) se qualificou para a final do salto em distância no primeiro dia de disputas nesta segunda-feira (1/8) do Campeonato Mundial de Atletismo Sub-20 de Cáli, no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, com 7,60 m (0.8), a 11ª marca dentre os 12 finalistas. A decisão da prova será nesta terça-feira (2/8), às 18:16 de Brasília. A competição, que reúne 1.500 atletas de 145 países, termina no sábado (6/8).
"Estava bem quente, mas o calor não me atrapalhou. Também senti dores no tornozelo antes de competir, mas os médicos e fisioterapeutas me ajudaram, fizeram uma tala e não senti dor. Mas não foi como eu queria. O meu desejo era fazer 7,80 m de cara e garantir a marca no primeiro salto. Mas me qualifiquei, estou na final e agora é uma outra competição", disse o saltador. A melhor marca da qualificação foi do cubano Alejandro Parada, com 7,95 m (+0.1).
Gabriel disse que "tudo zerou" e está confiante para a decisão, que a prova será muito forte - é alto o nível dos saltadores na competição -, mas está entre os atletas que podem saltar bem. Sua melhor marca é 8,04 m, recorde brasileiro e sul-americano sub-20, obtida no dia 4 de setembro de 2021, em Bragança Paulista (SP). Na temporada, saltou 7,90 m, no dia 1 de maio, em São Paulo.
Nos 100 m, Renan Gallina (AA Maringá-PR) foi sétimo na série 6 com 10.56 (-0.9) e Lucas Fernandes (UCA-SC) foi o sexto na série 8 com 10.66 (0.8) e não passaram para a semifinal. Renan (33º no geral) disse que sentiu a quentura da pista nas mãos no momento da largada - o calor deu o tom para a primeira manhã de provas em Cáli. "Mas eu estava um pouco nervoso e larguei mal. Mas agora quebrou o gelo e acho que podemos ir a final com o revezamento 4x100 m", disse Renan que disputa o seu segundo Mundial.
Lucas Fernandes (39º no geral) destacou o forte nível das séries, da sua inclusive, vencida por Muhd Azeem Fahmi, da Malásia, com 10.09. "Foi uma série forte. Representei o Brasil da melhor forma." Lucas também tem boa expectativa para o revezamento. "O Brasil tem quatro 'pernas' com resultados bem homogêneos, pode avançar para a final", disse.
A melhor marca da qualificação foi obtida por Letsile Tebogo, com 10.00 (-0.6), de Bostwana, anunciado no estádio como o único atleta sub-20 que já correu abaixo dos 10 segundos.
Um problema no sistema de partida atrasou muito a largada da disputa da segunda série dos 3.000 m com obstáculos, onde estava a brasileira Gabriela Tardivo (IPEC-PR). Três largadas foram falsas. "O som estava muito baixo, foram largadas falsas e eles diziam que não sabiam quanto tempo ia demorar, para mantermos o aquecimento." Gabriela ficou em 10ª na sua série e em 21º na qualificação geral, com 11.06.69. A melhor marca foi da queniana Faith Cherotich (9:38.18).
"Tentei largar junto com as meninas, senti o sol, a perna pesou", disse sobre a prova. Se emocionou e chorou quando falou sobre a oportunidade de disputar o Mundial. "Eu via a queniana correr pela TV e agora estou na mesma prova que ela. Se eu ficar pensando começo a chorar..." O seu objetivo e melhorar suas marcas nos 3.000 m com obstáculos e nos 1.500 m para ir ao Sul-Americano Sub-23 e ao Pan Sub-20.
Stefany Beatriz Navarro da Silva (AAP-PR) não avançou no lançamento do dardo (ficou em 14º na qualificação). Fez dois lançamentos de 47,60 m e 47,73 m e queimou o terceiro (a melhor marca da qualificação foi da sérvia Adriana Vilagos com 58,87 m. "Foi muito emocionante por estar aqui e competir com meninas de outros países. Eu esperava melhorar o meu PB (51,61 m), o foco era esse, mas não vou desanimar porque ainda tenho sete provas pela frente. Vou focar no heptatlo", disse Stefany. A disputa do heptatlo começa no terceiro dia de disputas em Cáli, na quarta-feira (3/8).
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