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Familiares planejam boicote à homenagens pelos atentados nos Jogos de Munique

Membro do grupo terrorista palestino Setembro Negro na vila olímpica de Munique 1972

Parentes das 11 vítimas dos ataques terroristas nos Jogos Olímpicos de Munique 1972 ameaçam boicotar as homenagens que visam lembrar os 50 anos do maior ataque terrorista em um evento esportivo na história, previstas para setembro, caso não haja um acordo sobre os valores de indenizações oferecidas pelo governo alemão.

De acordo com o jornal Süddeustche Zeitung, os familiares exigem compensação de US$ 29 milhões e um pedido de desculpas formal pela tragédia. A representante do grupo, Ankie Spitzer, esposa de uma das vítimas, o treinador israelense Andre Spitzer, afirma que a solicitação das famílias está de acordo "com a compensação normal oferecida anteriormente pelos padrões internacionais".

Até hoje, a Alemanha concedeu cerca de US$ 3 milhões em indenizações aos parentes das vítimas. O governo considera o processo como concluído.

Maior atentado em uma edição dos Jogos Olímpicos

Em 5 de setembro de 1972, seis treinadores e cinco atletas da delegação de Israel foram sequestrados e mortos quando integrantes do grupo terrorista palestino Setembro Negro invadiram a vila olímpica de Munique.

A ação durou dois dias e, após intensas negociações, teve um fim trágico atribuído a uma ação desastrosa da polícia alemã que culminou com um massacre na base aérea local. Além dos 11 membros da delegação israelense, um policial local também morreu no local.

Décadas de críticas ao COI

Após a tragédia, o Comitê Olímpico Internacional resistiu em suspender os Jogos, porém as competições foram paralisadas por 34 horas, até que o presidente da entidade à época, Avery Brundage, determinou a retomada das disputas com o lema "os Jogos devem continuar". Tal atitude fez do COI alvo de críticas por décadas.

A polêmica foi reacesa quando foi rejeitado um pedido de um minuto de silêncio durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, com o intuito de marcar o 40º aniversário do massacre.

Apenas 44 anos depois, em 2016, as vítimas receberam homenagens na vila olímpica do Rio. Até que em Tóquio 2020 foi respeitado um minuto de silêncio na Cerimônia de Abertura.

Munique planeja série de homenagens às vítimas

Em parceria com o Museu Judaico de Munique e o Consulado de Israel, o governo alemão planejou homenagens às vítimas durante todo o ano, tendo como sede um memorial construído em 2017, no parque olímpico. Todos os meses, uma das vítimas tem sua biografia destacada no espaço.

Munique inaugura memorial em homenagem às vítimas do atentado ocorrido nas Olimpíadas de 1972

Surto Historia - O Massacre de Munique

Também há planos de tributos às vítimas no Campeonato Europeu que será realizado na cidade entre 11 e 21 de agosto deste ano. Agregando diversas modalidades, este será o maior evento multiesportivo realizado em Munique desde os Jogos Olímpicos.

Foto: Reprodução


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