O Desafio Brasil x França, no próximo sábado (7), no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, está mexendo com as emoções dos fãs do tênis de mesa. Organizado pela CBTM, o evento reunirá atletas de ponta dos dois países. Integrante do trio brasileiro no duelo (ao lado de Hugo Calderano e Vitor Ishiy), Eric Jouti, atual número 83 do mundo, segue em sua preparação, durante o training camp, para fazer bonito contra os franceses diante de nossa torcida, na Arena Carioca I.
Jouti está mais do que acostumado a enfrentar rivais do Continente Europeu. Desde o ano passado, ele vinha atuando pelo Sokolów Jaroslaw, da Polônia. Agora, o mesa-tenista se prepara para um novo desafio, na Liga Francesa, na qual voltará a defender o Amiens Sport Table Tennis.
"Na minha última temporada admito que não consegui obter os resultados desejados, mas tenho que olhar para frente. Vou jogar pelo Amiens na Pro B ou Pro A - ainda não tenho certeza em qual. O clube tem o objetivo de subir para a primeira divisão da França. Eles começaram nas divisões inferiores e foram subindo a cada ano, espero poder ajudar para que consiga o objetivo. É um sonho deles chegar à primeira divisão e espero fazer parte desse time", afirmou.
Aliás, Jouti defendeu o Amiens antes de se transferir para o Istres, também na França, e depois atuar na Polônia. Disputou a terceira divisão, conhecida como Nacional I, e só guarda boas lembranças do clube francês. "Só tenho boas recordações de lá. Não tive problemas com o clube, com o técnico, ao contrário do que ocorreu na Polônia. Quando estive na França, conseguimos a classificação para a Pro B, que era um objetivo do clube. Vamos fazer de tudo para termos sucesso na próxima temporada", projeta o brasileiro, esperançoso.
Reserva da equipe brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Eric Jouti ocupa atualmente o patamar de titular da Seleção. Para ele, a experiência que vivenciou no Japão serviu como aprendizado em sua carreira.
"O fato de ter ficado como reserva me fez aprender uma coisa importante: se quero estar no time titular, preciso fazer algo a mais. Subir no ranking, melhorar meu nível. Sem querer ser mais que os outros, mas atingir meu objetivo", disse, lembrando também que um problema físico atrapalhou seu desenvolvimento durante um período de sua carreira no esporte.
"Há uns anos tive uma lesão na região lombar, quase uma hérnia, que me limitava alguns movimentos e dificultava os treinos. Demorei muito para tratar desse problema e isso fez com que caísse meu nível técnico e mental. Jogar lesionado não é fácil. Mas durante o período da pandemia consegui fazer um bom período de fortalecimento e fui, aos poucos, readquirindo minha confiança. Já consigo realizar movimentos que não vinha conseguindo, aumentando minha carga na mesa. Enfim, voltando a ser o que era antes", garantiu.
Desafio
Sobre o Desafio Brasil x França (um país que conhece intimamente, por sinal), Jouti afirmou nutrir expectativa positiva. Embora tenha consciência de que o trio brasileiro não encontrará facilidade no próximo sábado, na Arena Carioca I.
"Minha expectativa para esse desafio é a melhor possível. Venho treinando forte desde o início de abril e vou dar o máximo. Não diria que somos favoritos, mas será um grande confronto e devemos fazer uma disputa bem parelha", afirmou.
Segundo ele, além dos brasileiros, os franceses também estão animados para o Desafio. Afinal, trata-se de um evento com novo formato, bastante interessante e cuja cobertura midiática vai gerar muita repercussão.
"Espero que a torcida compareça, pois vai valer a pena. Vamos fazer de tudo para ganhar e dar esse título ao Brasil. Creio que será uma prévia da Olimpíada de Paris, pois temos o objetivo de chegar fortes lá", avisa.
Foto: Luis Miguel Ferreira
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