As jogadoras da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos encerraram nesta terça (22), um processo de seis anos contra a US Soccer, federação de futebol do país, em luta por pagamentos iguais ao da seleção masculina. Elas também receberam a promessa de salários iguais para as duas equipes.
Para encerrar a batalha que se arrastava há anos, foi fechado um acordo na qual as atletas receberão US$ 24 milhões, mais bônus com o mesmo valor recebido pela seleção masculina e ainda 22 milhões em pagamentos atrasados, como compensação em decorrência da longa disputa judicial. A pedida inicial era de 66 milhões, mas apenas um terço será pago.
No acordo, também ficou definido que será criado um fundo no valor de dois milhões de dólares, para ajudar as jogadoras após a aposentadoria e ajudar no crescimento da modalidade.
“Para nossa geração, saber que vamos deixar o jogo em um lugar exponencialmente melhor do que quando descobrimos é tudo”, disse Megan Rapinoe, uma das referências no futebol estadunidense, durante entrevista à Associated Press. “É disso que se trata, porque, para ser honesto, não há justiça em tudo isso se não garantirmos que isso nunca aconteça novamente.”
Tetracampeã mundial, a seleção feminina dos Estados Unidos é considerada o parâmetro mundial do futebol feminino, não à toa, Debinha e Marta jogam na liga local, uma das mais fortes do mundo.
Essa é uma vitória para o público que esteve presente na final da Copa do Mundo de 2019, quando os Estados Unidos venceram os Países Baixos por 2 a 0 e a torcida gritou para o mundo inteiro ouvir, "Equal pay", pedindo para que as duas categorias recebam os mesmos pagamentos.
Foto: Kiichiro Sato/ AP
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