A nova Seleção Brasileira de judô paralímpico, que será montada de acordo com as regras da modalidade que entraram em vigor neste ano, começará a ganhar forma a partir do próximo mês, quando 25 atletas serão reunidos no primeiro Campo de Treinamento da modalidade, entre os dias 6 e 14 de fevereiro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
Trata-se de importante mudança nas convocações feitas até então, quando metade desse número de judocas costumava integrar o grupo. A ideia da comissão técnica liderada pelos senseis Alexandre Garcia e Jaime Bragança é aproveitar essa nova realidade para garimpar outros nomes que possam fazer parte do ciclo para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
A maioria dos judocas que esteve no último ciclo de Tóquio 2020, caso das medalhistas Alana Maldonado, Lúcia Araújo e Meg Emmerich, além de Antônio Tenório, Wilians Araújo, entre outros, segue presente.
"Como estamos em início de ciclo, vamos realizar os Campos de Treinamento com um número grande de atletas para avaliá-los e conseguir formar uma nova Seleção. Agora, com novas divisões e pesos, temos também uma nova realidade. Tudo isso vai ser positivo para o Brasil, pois vamos ter muita competitividade nacional e muitas chances de medalhas nas competições", analisa Bragança.
Mudança nas regras do esporte
A principal mudança nas regras do judô paralímpico está nas classificações. Até então, judocas das três classificações oftalmológicas – B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem) – lutavam entre si dentro de cada peso.
A partir de agora, quem for cego total (B1) só lutará contra cego total em uma nova categoria que se chamará J1. Quem era B2 e B3 lutará apenas contra oponentes dessas mesmas classificações em outra categoria chamada J2.
Vale lembrar que 2022 será ano de Campeonato Mundial e de três etapas de Grand Prix promovidas pela IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), incluindo uma no Brasil, em julho.
Foto: Divulgação/CBDV
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