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Guia Pequim 2022 - Esqui cross-country


FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Kuyangshu Nordic Centre and Biathlon Center
Período: 06/02 a 19/02
Delegações participantes: 58
Total de atletas: 296 (148 no masculino e 148 no feminino)
Brasil: Manex Silva no masculino, Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera no feminino

O esqui cross country como esporte tem suas primeiras origens traçadas na Noruega, no século 18, em competições militares. A primeira competição da modalidade aberta ao público aconteceu em Tromso, na Noruega, em 1843.

Existe a modalidade clássica, em que os atletas competem em espécies de trilhos na neve e a livre, chamada de skating, que surgiu em 1930, mas ganhou força apenas no começo da década de 1980.

O esporte entrou no programa olímpico na primeira edição dos Jogos, em 1924, em Chamonix (FRA) e desde então esteve em todas as Olimpíadas de Inverno.

Thorleif Haug da Noruega, primeiro campeão olímpico do cross-country - Foto: Domínio Público

COMO É A DISPUTA?


Em Pequim 2022 serão 12 eventos, sendo seis masculinos e seis femininos: sprint (em estilo livre), sprint em equipes (estilo clássico), 10km feminino e 15km masculino (estilo clássico), skiatlo, largada em massa (estilo livre) e os revezamentos 4x5km feminino e 4x10km masculino.

No skiatlo, os atletas esquiam metade da distância no estilo clássico, trocam de esquis e continuam no estilo livre. Nele e na largada em massa, todos largam juntos. Nas provas de sprint os atletas/equipes são divididos em baterias eliminatórias. Já nas provas de 10km e 15km os atletas largam um por vez, com uma diferença de tempo entre eles.




O BRASIL NO ESQUI CROSS-COUNTRY


Em 2001, o esqui cross-country brasileiro começou a se desenvolver com as primeiras participações do país em provas internacionais, tendo representação olímpica já no ano seguinte, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City (EUA), com Franziska Becskehazy e Alexander Penna.

Um ano após, em 2003, o primeiro Campeonato Brasileiro de Cross Country foi realizado e, desde então, é anualmente organizado pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) na Argentina ou no Chile (em 2020 e 2021 o campeonato não foi realizado devido à pandemia de Covid-19).

Em 2014, a CBDN realizou a primeira edição do Circuito Brasileiro de Rollerski, com duas provas disputadas no Centro de Treinamento da equipe de Cross Country e Biathlon, no Parque Eco-esportivo Damha, em São Carlos (SP). Atualmente, o rollerski – adaptação do esqui cross country no asfalto, usando um esqui com rodinha – é reconhecido pela FIS – Federação Internacional de Ski e as provas do circuito brasileiro valem pontos para o ranking mundial.

Manex Silva (nº 1) é o atual campeão brasileiro de rollerski - Foto: Divulgação/CBDN
O destaque na delegação brasileira será Jaqueline Mourão. A brasileira disputará a quinta edição seguida dos Jogos Olímpicos de Inverno, sempre competindo no cross-country, incluindo uma participação também no biatlo em Sochi-2014. A atleta conseguiu diversos bons resultados no atual ciclo olímpico, incluindo duas pratas recentes em uma competição na Sérvia.

Jaqueline Mourão em Pyeongchang-2018 - Foto: Roberto Nahom/COB
Eduarda Ribera e Manex Silva estarão pela primeira vez disputando uma edição de Jogos Olímpicos. Bruna Moura iria competir pelo Brasil, mas foi substituída por Eduarda após sofrer um grave acidente de carro uma semana antes dos Jogos Olímpicos.

Eduarda Ribera em 2019 - Foto: Divulgação/CBDN

DESTAQUES

Os países nórdicos dominam o esqui cross country olímpico. A Noruega soma 121 medalhas (47 ouros) e é a maior potência na modalidade. A Suécia vem na sequência, com 80 (31 de ouro) e a Finlândia, também com 80 medalhas (21 ouros). Abaixo, listamos alguns atletas que devem brigar por medalha em Pequim-2022.

Johannes Klaebo (Noruega) 

Klaebo comemorando o ouro da Noruega no revezamento em Pyeongchang-2018 - Foto: Jorge Silva/Reuters
O norueguês, que brilhou em PyeongChang-2018 com três ouros, passou a protagonizar a modalidade nos anos seguintes. Atualmente é o líder absoluto da Copa do Mundo, com seis vitórias, e grande favorito para repetir o resultado de quatro anos atrás.

Alexander Bolshunov (Comitê Olímpico Russo)

Bolshunov durante a prova de 50km em Pyeongchang-2018 - Foto: Kristy Wigglesworth/AP
Bolshunov é o maior rival de Klaebo na atualmente. Campeão da Copa do Mundo em 20/21, é vice-líder na temporada atual, com uma vitória. Vai tentar atrapalhar a vida do norueguês.

Iivo Niskanen (Finlândia)

Niskanen fez a festa após vencer a prova de 50km em largada em massa em Pyeongchang-2018 - Foto: Carlos Barria/Reuters
O finlandês, duas vezes campeão olímpico, tem uma vitória na atual temporada e dois pódios. Corre por fora para conseguir uma terceira medalha em Pequim.


Erik Valnes (Noruega)

Valnes competindo na Noruega - Foto: Divulgação/Fischer Sports
Mesmo sem vencer nenhuma etapa na atual temporada, Valnes é o líder do segundo bloco atrás de Klaebo e Bolshunov com atuações constantes e dois pódios. Pode surpreender em Pequim.


Natalia Neprayaeva (Comitê Olímpico Russo)

Neprayaeva na última edição do Tour de Ski - Foto: Andrea Solero/EFE
A russa vem crescendo na metade da temporada, com duas vitórias no Tour de Ski, e o título inédito na competição. Líder da Copa do Mundo, aparece como um dos principais nomes que irão brigar por medalhas na China.


Therese Johaug (Noruega)

Johaug não participou de Pyeongchang-2018 após ficar suspensa por doping - Foto: Johanna Lundeberg/Bildbyran
A norueguesa começou com tudo na temporada 2021/22, mas acabou tendo problemas com a pandemia de covid-19, que a colocou fora de várias provas. Johaug treina na Itália e vai buscar as medalhas que não pôde conquistar em PyeongChang 2018, enquanto esteve suspensa.

Jessica Diggins (Estados Unidos)

O ouro do sprint por equipes em 2018 foi decidido no detalhe - Foto: Matias Schrader/AP
A atleta é o maior nome da história do país no esporte, após ganhar o primeiro ouro dos Estados Unidos na modalidade, no sprint por equipes em 2018. É a atual campeã da Copa do Mundo e vai tentar novamente subir no topo do pódio em Pequim.

Ebba Andersson (Suécia)

 Andersson em prova do Tour de Ski  2021/22- Foto: Maxim Thore/Bildbyran
A sueca tem no seu forte a regularidade. Mesmo sem vitórias, é vice-líder da Copa do Mundo, colada na líder Nepryaeva, incluindo o vice campeonato no Tour de Ski. Vai ser o nome mais forte do país na disputa das medalhas.

CALENDÁRIO


05/02 – 4h45 – skiatlo feminino
06/02 – 4h – skiatlo masculino
08/02 – 5h – sprint individual masculino
08/02 – 5h – sprint individual feminino
10/02 –  4h - 10km feminino estilo clássico
11/02 – 4h – 15km masculino estilo clássico
12/02 – 4h30 – Revezamento 4x5km feminino
13/02 – 4h – Revezamento 4x10km masculino
16/02 –  6h – Sprint em equipes masculino
16/02 – 6h – Sprint em equipes feminino
19/02 – 3h – 50km largada em massa masculino estilo livre
20/02 – 3h30 –30km largada em massa feminino estilo livre

*Todas as competições estão no horário de Brasília

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