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Guia Pequim 2022 - Esqui Alpino

 

FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Xiaohaituo Alpine Skiing Field
Período: 06/02 a 19/02
Delegações participantes: 83
Total de atletas: 306 (153 no masculino e 153 no feminino)
Brasil: Michel Macedo 

O Esqui Alpino tem suas primeiras origens traçadas na Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia na pré-história. A transformação no esporte que conhecemos hoje teve início no final do século 19, deixando se ser apenas um método de transporte para virar um meio de recreação. A primeira competição oficial foi um downhill disputado em 1868, em Oslo (NOR).

O esporte entrou no programa olímpico nos Jogos de 1936, em Garmisch-Partenkirchen (GER) e desde então está de forma ininterrupta.

COMO É A DISPUTA

Em Pequim 2022 serão disputados cinco eventos individuais tanto no masculino quanto no feminino: slalom, slalom gigante, slalom super-gigante (Super-G), downhill e o combinado, além de um evento misto: o slalom paralelo.

Slalom e slalom gigante são consideradas provas técnicas, enquanto super-G e downhill são provas de velocidade. As provas técnicas são compostas de duas descidas e a soma delas decide os medalhistas. Já as de velocidade tem apenas uma descida para saber quem fica com as medalhas.O combinado é composto por uma prova técnica seguida por uma prova de velocidade e a soma das duas define o vencedor. 

Na prova por equipes, dois homens e duas mulheres descem lado a lado em quatro baterias. No caso de um empate no número de vitórias, o desempate será a menor soma do tempo dos vencedores de cada país.



O BRASIL NO ESQUI ALPINO


A primeira participação brasileira em competições oficiais no Esqui Alpino aconteceu no Campeonato Mundial de Portillo, Chile, em 1966 com os atletas Francisco e Luigi Giobbi, Michael Reis de Carvalho e Sergio Hamburger. Desde então o país foi representado mais de 20 vezes em 17 edições de Campeonatos Mundiais.

Brasileiros no Mundial de Esqui Alpino de 1966 - Foto: Divulgação/CBDN
Em 1992, o Brasil participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos de inverno, em Albertvile, na França, com uma delegação formada pelos esquiadores Evelyn Schuler, Christian Munder, Fábio Igel, Hans Egger, Marcelo Apovian, Roberto Detlof e Sérgio Schuler. Desde então o Brasil foi representado mais 9 vezes em jogos olímpicos.

A última participação do Brasil no esqui alpino em Jogos Olímpicos foi realizada por Michel Macedo, em 2018, nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang, na Coreia do Sul.

Michel Macedo nos Jogos de Pyeongchang-2018 - Foto: Guillaume Horcajuelo/EFE
Macedo, que será o único representante do país no esporte em Pequim, obteve os melhores resultados do Brasil no atual ciclo olímpico, incluindo um top-20 no Dartmouth Winter Carnival em 2019, onde teve o melhor índice técnico (pontos FIS) da história do Brasil no esqui alpino. Em Pequim-2022, o brasileiro vai competir no slalom e no slalom gigante.

DESTAQUES


A Europa domina o esporte. A Áustria é a maior potência do Esqui Alpino em Jogos Olímpicos, com 121 medalhas, com 37 ouros, seguida da Suíça, que ganhou 66 medalhas, sendo 22 de ouro.

Estados Unidos (17 ouros), França (15 ouros), Itália (14 ouros) Alemanha (12 ouros) e Noruega (11 ouros) completam a lista dos países que devem estar na briga por medalhas. Abaixo, listamos alguns atletas que são favoritos ao pódio em Pequim-2022.

Marco Odermatt (Suíça)

Odermatt após vencer prova de slalom gigante na Itália, em dezembro de 2021 - Foto: Alessandro Trovati/AP
Considerado o melhor esquiador da atualidade, o suíço domina as provas de velocidade e lidera com folga a Copa do Mundo, somando seis vitórias na atual temporada, e conseguindo bons resultados no slalom gigante, o que coloca Odermatt como o esquiador que pode ganhar muitas medalhas na China.

Aleksander Kilde (Noruega)

Kilde durante prova de downhill na Áustria em janeiro de 2022 - Foto: Giovanni Auletta/AP
Um dos adversários de Odermatt, Kilde ganhou três provas no downhill e três no super-g na Copa do Mundo 2021/22 e deve ser a pedra no caminho do suíço.

Sebastian Foss-Solevaag (Noruega)

Foss-Solevaag durante competição na Itália em dezembro de 2021 - Foto: Gabriele Faccioti/AP
Campeão mundial de slalom, Solevaag se sobressai em provas técnicas e, com uma vitória na Copa do Mundo nesta temporada, pode ganhar a prova mais tradicional entre as técnicas

Clement Noel (França) 

Noel em prova de slalom na Itália em dezembro de 2021 - Foto: Gabriele Faccioti/AP
Com diversos pódios no slalom na Copa do Mundo e uma vitória na atual Copa do Mundo, Noel é um dos principais atletas da equipe francesa de esqui alpino na China. Bateu na trave em Pyeongchang-2018 com um quarto lugar no slalom masculino.

Mikaela Shiffrin (Estados Unidos)

Shiffrin em etapa da Copa do Mundo no Canadá em dezembro de 2021 - Foto: Frank Gunn/The Canadian Press
Maior atleta do esqui alpino feminino, Shiffrin tem dominado as provas técnicas e ocasionalmente vence nas de velocidade. Ela chegou em janeiro deste ano a 47 vitórias no slalom, que é a sua prova favorita, o maior número de vitórias na Copa do mundo em apenas uma modalidade.

Petra Vlhova (Eslováquia)

Vlhova competindo na Finlândia em novembro de 2021 - Foto: Alessandro Trovatti/AP
Maior adversária de Shiffin nas provas técnicas, a eslovaca, atual campeã da Copa do Mundo e vice-líder na temporada 21/22, vai brigar com a estadunidense no slalom e slalom gigante.

Sofia Goggia (Itália) 

Goggia durante competição no Canadá em dezembro de 2021 - Foto: Jeff McIntosh/The Canadian Press
Atual rainha das provas de velocidade, principalmente o downhill, Goggia, que é a campeã olímpica de 2018 no downhill, buscará o bi na China. Porém, a italiana sofreu uma queda feia alguns dias atrás em uma etapa da Copa do Mundo e tenta se recuperar às pressas para disputar o downhill em Pequim.

Lara Gut-Behrami (Suíça)

Gut-Behrami comemora vitória em prova da Copa do Mundo na Suíça em dezembro de 2021 - Foto: Pier Marco Tacca/AP
Campeã mundial do super-G e bronze no downhill em 2021, Gut-Behrami tenta demonstrar superioridade no super-G, prova em que tem uma vitória na temporada da Copa do Mundo e foi bronze em Sochi-2014.

CALENDÁRIO

06/02 – 0h – downhill masculino
06/02 – 23h15 – slalom gigante feminino (1ª descida) 
07/02 – 2h45 - slalom gigante feminino (2ª descida)
08/02 – 0h – super G masculino
08/02 – 23h15 – slalom feminino (1ª descida)
09/02 – 2h45 - slalom feminino (2ª descida)
09/02 – 23h30 – combinado masculino (1ª descida)
10/02 – 3h15 - combinado masculino (2ª descida)
11/02 – 0h – super-G feminino
12/02 – 23h15 – slalom gigante masculino (1ª descida)
13/02 – 2h45 – slalom gigante masculino (2ª descida)
15/02 – 0h – downhill feminino
15/02 – 23h15 – slalom masculino (1ª descida)
16/02 – 2h45 – slalom masculino (2ª descida)
16/02 – 23h30 – combinado feminino (1ª descida)
17/02 – 3h – combinado feminino (2ª descida)
19/02 – 0h – prova por equipes mista

*Todas as competições estão no horário de Brasília

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