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Guia Pequim 2022 - Curling


FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Cubo de Gelo
Período: 02/02 a 19/02
Delegações participantes: 14
Total de atletas: 114
Brasil: Não se classificou

O esporte de inverno mais curioso dos Jogos apareceu como esporte de demonstração em Chamonix-1924, a primeira edição invernal e virou um esporte olímpico de fato em Nagano-1998, com as disputas masculina e feminina.  
 
Ele surgiu na Escócia no Séc. XVI, mas a data de sua origem é incerta, variando entre 1511 e 1551. O que se sabe é que há um registro de uma partida semelhante ao curling realizada entre um monge e um representante da Abadia de Paisley no ano de 1540. 
 
O primeiro clube do esporte é o Kilsyth Curling Club, fundado em 1716 e as primeiras regras foram definidas em 1838 pelo Grand Caledonian Curling Club, instituição que mais tarde virou a gestora do esporte. Em 1843, a Rainha Vitória viu uma demonstração do esporte, gostou e nomeou o clube como Royal Caledonian Curling Club. 
 
Nessa época, os escoceses já haviam levado o esporte para o Canadá e os Estados Unidos e ainda influenciou os países escandinavos e a Nova Zelândia a começar a praticar o esporte.  
 
Em 1959, foi realizada a Scotch Cup, um torneio com Escócia e Canadá e foi considerado o primeiro Mundial da modalidade. Com a adesão dos outros países, a Royal Caledonian virou a Federação Internacional de Curling.  
 
Em 2018, a disputa de duplas mistas entrou no torneio olímpico. O Canadá é o maior vencedor com seis ouros, seguido da Suécia com três, Grã-Bretanha com dois (sendo uma em Chamonix). Suíça, Noruega e Estados Unidos têm um ouro cada. 

COMO É A DISPUTA?

O Cubo d'água, sede da natação em Pequim-2008, virou cubo de gelo para receber o curling em Pequim-2022 - Foto: Anne Musler
O objetivo do jogo é ter mais pedras que o adversário perto do centro do alvo ao fim de cada período, que no curling são chamados de end. São dez ends nos jogos em equipe e oito nas duplas mistas e o número de pedras próximas ao alvo é o que define a pontuação, com apenas uma equipe podendo pontuar a cada end. 

As pedras são jogadas alternadamente entre as equipes. Os jogadores chamam a última pedra de cada end de martelo. No começo do jogo um sorteio define quem começa com o martelo, que é repassado a cada end para o time que não pontuou. Caso haja um empate no fim do jogo, ends extras são jogados até que uma equipe pontue.

A primeira fase do torneio olímpico é no sistema todos-contra-todos, com a classificação definida pelo número de vitórias de cada equipe. Os quatro primeiros colocados avançam para as semifinais. Caso dois ou mais times estejam empatados na quarta colocação, eles fazem jogos extras para quebrar o empate.




O BRASIL NO CURLING

O esporte bombou aqui no ano de 2010, quando a Olimpíada de Inverno foi transmitida pela primeira vez na TV aberta. Porém o começo da história do país no esporte foi em 2007, quando um grupo de brasileiros que estudavam na Universidade de Sherbrooke, em Quebéc montou um time e no ano seguinte, entrou em contato com a CBDG para formar uma seleção brasileira. 
 
Os quatro eram Marcelo Mello, Celso Kossaka, Luiz Augusto da Silva e César Martins e em 2009 eles enfrentaram os Estados Unidos no Desafio das Américas, em busca de uma vaga no Campeonato Mundial. O mesmo aconteceu em 2010. Com a popularização, começam a surgir pistas provisórias de curling no Brasil e em março, filas se formam para que as pessoas tivessem oportunidade de fazer um lançamento em ação promocional no Shopping Morumbi. 

Seleção brasileira de curling em 2010 - Foto: Divulgação/CBDG
No ano de 2014, o Brasil participa do Mundial de duplas mistas com Marcelo Mello e Aline Lima, ficando na 34ª colocação e no ano seguinte, eles marcaram presença novamente, desta vez ficando na 30ª posição. 
 
Também em 2015, o país participou pela primeira vez do Mundial Misto com Marcelo Mello, Sergio Vilela, Isis Oliveira e Luciana Barrella, terminando em 35º. Ainda naquele ano, o primeiro Brasileiro de duplas mistas foi realizado na cidade de Vancouver.  
 
Em 2016, o Brasil participou das Olimpíadas de Inverno da Juventude no time misto com Elian Sabra, Victor Santos, Raíssa Rodrigues e Giovanna Barros. Um ano depois, o país consegue com Anne Shibuya e Marcio Cerquinho, o melhor resultado da história em Mundial de duplas mistas, a 28ª colocação. 

Brasileiros na Olimpíada da Juventude de Inverno Lausanne-2020 - Foto: Jes Leicester/OIS
Ainda em 2017, pela primeira vez a equipe feminina participa do Desafio das Américas e no Mundial misto, o Brasil vence a França por 7 x 3, a primeira vitória do país em uma competição por equipes. Em 2018, no Desafio das Américas, pela primeira vez o Brasil enfrentou o Canadá, a maior potência da modalidade.  
 
Atualmente, o Brasil tem equipe masculina, feminina e mista. Em 2021, os times feminino e masculino, assim como uma dupla mista brasileira, tentaram a classificação para Pequim, mas foram eliminados na qualificação do pré-olímpico. Agora, o país tem sua própria pista de curling (a única da América Latina), localizada na Arena Ice Brasil, no bairro do Morumbi, em São Paulo. 

Anne Shibuya e Scott McMullan chegaram aos playoffs do qualificatório do pré-olímpico de curling nas duplas mistas - Foto: Divulgação/CBDG

DESTAQUES

Canadá  

Equipe masculina do Canadá. Mark Nichols e Brad Gushue (ao centro) estavam no time que foi ouro em Turim-2006 - Foto: Reprodução/Facebook/Team Gushue
Referência mundial no esporte, o país da América do Norte vem para tentar o ouro na disputa por equipes e nas duplas mistas. Mesmo não vencendo nenhum dos Mundiais deste ciclo, o maior medalhista de todos os tempos não pode ser descartado, afinal é o atual campeão olímpico nas duplas mistas e chegou nas cabeças em todos os torneios entre 2018 e 2022. 
 
Grã-Bretanha 

Eve Muirhead é a capitã do time feminino da Grã-Bretanha e foi bronze em Sochi-2014 - Foto: Reuters
Representada pela Escócia, atual vice-campeã mundial no masculino, campeã nas duplas mistas e campeã europeia nos dois naipes, o time britânico foi o vencedor do pré-olímpico feminino e vai para Pequim, chegando para subir no pódio nas três categorias. 
 
Suécia 

Niklas Edin é o capitão da Suécia. Ele foi bronze em Sochi-2014 e prata em Pyeongchnag-2018 - Foto: Robert Bukaty/AP
No ciclo para Pequim, a Suécia venceu todos os Mundiais masculinos, se tornando decacampeã mundial. No feminino, foram dois vices e nas duplas mistas conquistaram uma prata e um bronze.  
 
Suíça  

Equipe suíça posa para foto com a taça de campeãs do mundo - Foto: Steve Seixeiro/WCF
Atual bicampeã mundial feminina e com dois bronzes consecutivos no masculino, os suíços devem garantir pelo menos uma presença no pódio em Pequim. 

CALENDÁRIO

Assim como acontece com o futebol nos Jogos de Verão, o Curling começa antes da cerimônia de abertura, no dia 2. As duplas mistas abrem o torneio às 09h05 de Brasília com Suécia x Grã-Bretanha, Austrália x Estados Unidos, Noruega x República Tcheca e China x Suíça. A final da categoria é dia 8, também às 09h05. 
 
As disputas por equipes só começam no dia seguinte tanto no feminino, quanto no masculino, com as finais no dia 19. A masculina será às 03h05 da manhã e a feminina às 22h05. 

02/02 a 06/02 - duplas mistas - 1ª fase (jogos às 22h05, 03h05 e 09h05)
07/02  - duplas mistas - semifinais (09h05)
08/02 - duplas mistas - disputa do bronze (03h05)
08/02 - duplas mistas - final (09h05)
08/02 a 17/02 - equipes masculina e feminina - 1ª fase (jogos às 22h05, 03h05 e 09h05)
17/02 - masculino - semifinais (09h05)
18/02 - masculino - disputa do bronze (03h05)
18/02 - feminino - semifinais (09h05)
19/02 - masculino - final (03h05)
19/02 - feminino - disputa do bronze (09h05)
19/02 - feminino - final (22h05)

*todas as datas estão no horário de Brasília

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