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Guia Pequim 2022 - Biatlo


FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Kuyangshu Nordic Centre and Biathlon Center
Período: 05/02 a 19/02
Delegações participantes: 30
Total de atletas: 210 atletas (105 homens e 105 mulheres)
Brasil: sem representantes

O Biatlo é a junção de dois esportes, o esqui cross country e o tiro esportivo e tem suas raízes de sua criação na Escandinávia, onde os nativos dos tempos antigos tinham que sair para caçar na neve portado do seu esqui e sua arma amarrada em seu ombro. No século XVIII,  os regimentos de esqui noruegueses começaram a organizar competições militares de esqui, que serviram como precursoras do biatlo nos tempos modernos.

Com o nome de Patrulha Militar, uma forma antiga do esporte onde além do esqui cross country e tiro, os competidores ainda faziam uma prova de esqui alpino, fez parte dos Jogos de Inverno de Chamonix-1924 (e nos Jogos de 1928, 1936 e 1948 como esporte de demonstração). 

Biatleta atirando nos Jogos de Squaw Valley-1960 - Foto: Bill Briner/Snowball's Chance
Após ser reformulado, foi aceito como esporte olímpico na edição de Squaw Valley em 1960, não saindo do programa olímpico desde então. Em Albertville-1992 o biatlo foi disputado pela primeira vez entre as mulheres e em Sochi-2014, tivemos a primeira prova mista em Olimpíadas.

COMO É A DISPUTA?

Basicamente o biatlo é uma corrida de esqui onde os atletas fazem vários voltas em uma pista. Em um ponto fixo, há um estande de tiro para que os concorrentes disparem com um rifle sobre cinco alvos estáticos, penalizando-se cada erro com a obrigatoriedade de esquiar por 150 metros a mais, ou adicionando um minuto ao total da prova. Ganha quem tiver o menor tempo.

Centro de Biatlo de Kuyangshu - Foto: Divulgação/Beijing 2022
O biatlo é dividido em cinco provas:

Individual - Prova clássica do Biatlo. Mulheres esquiam 15 km e homens 20 km. Os participantes saem em intervalos de 30 segundos. No percurso há quatro passagens pelo estande de tiro, sendo que duas são em pé e outras deitadas, realizadas de forma alternada. Para cada erro o atleta é penalizado com um minuto no tempo total.

Sprint - A prova feminina é de 7,5 km e a masculina de 10 km. Os atletas saem de 30 em 30 segundos e dão três voltas no circuito. No fim da primeira e da segunda volta, os biatletas param no posto de tiro e disparam para acertar nos cinco alvos, primeiro deitados e depois em pé. Se falharem há a necessidade de percorrer 150 metros adicionais, para depois completar a terceira volta.

Perseguição - As mulheres fazem 10 km e os homens 12,5 Km. É uma prova com quatro séries de tiro. O campeão do sprint larga primeiro, com os demais saindo de acordo com a diferença de tempo na prova anterior. 

Saída em Massa - É uma prova com 4 séries de tiro, em que os atletas largam em conjunto. Foi novidade nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006, tendo a prova masculina 15 km e a feminina 12,5Km.

Revezamentos - Prova realizada por equipes de quatro biatletas, com cada participante percorrendo 7,5km na categoria masculina e 6km na feminina. Cada atleta tem que realizar duas séries de tiro (uma em cada posição). A cada rodada de tiros os atletas tem oito balas para acertar os cinco alvos. Para cada erro no tiro o atleta deve fazer o percurso de penalização de 150 metros e depois continuar a prova. 

No revezamento misto, participam com dois atletas de cada gênero. As mulheres se revezam por 6km durante as 2 primeiras pernas. As pernas 3 e 4 são feitas por homens, que esquiam por 7,5km.



O BRASIL NO BIATLO


No início de 2004, a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) foi oficialmente reconhecida pela União Internacional de Biatlo (IBU) e passou então a ser responsável pelo desenvolvimento do biatlo de inverno no Brasil. Em 2006, veio a primeira participação em uma prova internacional oficial de biatlo, com os atletas Leandro Ribela e Buck Kelmerson, em Obertilliach, na Áustria. 

Em 2012, Jaqueline Mourão se tornou a primeira brasileira a disputar um mundial da modalidade e dois anos depois ela se classificou para os Jogos de Sochi em 2014, terminando em 76º lugar na prova individual e 77º na sprint. Essa foi a única participação do Brasil na modalidade em Jogos Olímpicos.

Jaqueline Mourão durante os Jogos Olímpicos Sochi-2014 - Foto: AP

DESTAQUES


A Alemanha é dona do maior número de medalhas em Jogos Olímpicos no biatlo, com 52 no total, sendo 19 de ouro. Noruega com 41 medalhas (16 de ouro) e Rússia com 23 medalhas (10 de ouro) vem em seguida. O norueguês Ole Einar Bjordalen é o maior medalhista olímpico da modalidade, com 13. Bjordale é o segundo atleta de inverno com mais medalhas na história, só perdendo para a compatriota Marit Bjorgen, que conquistou 15 medalhas no esqui cross-country.

Atualmente a Noruega é a nação dominante no biatlo, com atletas fortes tanto no masculino quanto no feminino. Alemanha, Suécia, França e Itália são outras nações com bons atletas na modalidade. Abaixo, conheça algumas estrelas da modalidade que estarão em Pequim.

MASCULINO

Johannes Thingnes Boe (Noruega) 

Boe atira durante etapa da Copa do Mundo - Foto: Divulgação/IBU
Com a aposentadoria de Martin Fourcade (FRA), o norueguês se tornou a grande estrela do biatlo, dominando competições como Copa do Mundo e Mundial. E após sair com apenas um ouro em Pyeongchang, Boe buscará em Pequim uma dominância maior e mais medalhas olímpicas para sua coleção.

Sturla Holm Lægreid (Noruega) 

Laegrid em prova da Copa do Mundo de biatlo - Foto: Christian Manzoni/IBU
O maior rival de Boe será seu compatriota Lægreid, jovem que vai disputar sua primeira olimpíada credenciado pelo ótimo mundial que fez em 2021, onde ele conquistou quatro títulos. Em Pequim, ele vai tentar repetir a dose superando Boe novamente.

Quentin Fillon-Maillet (França) 

Fillon-Maillet esquiando na Copa do Mundo de biatlo - Foto: Jasmin Walter/IBU
O francês tem a dura lição de manter o legado de Fourcade, que é manter a França no alto escalão do biatlo mundial. Terceiro lugar no ranking da Copa do Mundo nos últimos três anos, Fillon-Maillet chega a Pequim como o primeiro colocado do circuito mundial. 


FEMININO

Tiril Echkoff (Noruega)

Eckhoff durante prova da Copa do Mundo de biatlo - Foto: Divulgação/IBU
A  experiente biatleta dominou o último mundial da modalidade conquistando cinco ouros e vai para Pequim como uma das favoritas no feminino. Dona de cinco medalhas olímpicas, Tiril quer manter essa dominância para ser um dos nomes dos Jogos de Pequim

Marte Olsbu Roeiseland (Noruega)

Osblu Roeisland atirando em prova da Copa do Mundo de biatlo - Foto: Jasmin Walter/IBU
A Noruega também tem a atual líder da Copa do Mundo de biatlo. Osblu Roiseland tem feito uma ótima temporada e ganhou quatro das cinco provas de perseguição já realizadas na Copa do Mundo 2021/22. 

Hanna Öberg (Suécia)

Oeberg se prepara para atirar durante prova em Pyeongchang-2018 - Foto: Toby Melville/Reuters
Atual campeã olímpica da principal prova do biatlo, a sueca não teve um ciclo olímpico tão forte quanto se esperava, mas o favoritismo na prova dos 15km ainda é dela, já que foi onde ela teve seus melhores resultados nos últimos anos

Dorothea Wierer (Itália) 

Wierer comemora vitória em prova da Copa do Mundo de biatlo - Foto: Thibault/IBU
A biatleta italiana fez um grande ciclo, se tornando bicampeã da copa do mundo nas temporadas 2018/19 e 2019/20, e apesar de ter terminado em quinto na temporada 2020/21 e ter passado em branco no último mundial, tem totais condições de recuperar a boa fase e brigar por medalhas em Pequim

CALENDÁRIO


05/02 às 06h00 - revezamento misto
07/02 às 06h00 - individual feminino
08/02 às 05h30 - individual masculino
11/02 às  06h00 - sprint feminino
12/02 às 06h00 - sprint masculino
13/02 às 06h00 - perseguição feminina
13/02 às 07h45 - perseguição masculina
15/02 às 06h00 - revezamento masculino
16/02 às 04h45 - revezamento feminino
18/02 às 06h00 - saída em massa masculino
19/02 às 06h00 - saída em massa feminino

*todas as provas estão no horário de Brasília

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