O primeiro ministro da Austrália, Scott Morrinson, e o primeiro ministro britânico, Boris Johnson, anunciaram nesta quarta (8) que ambos irão se juntar aos Estados Unidos e boicotar de forma diplomática os Jogos de Inverno de Pequim-2022. A razão apontada é a mesma dos norte-americanos, que afirmam estar protestando contra os crimes cometidos pela China contra a etnia Uigur.
No caso do Reino Unido, o boicote foi um pedido do ex-líder do partido Conservador, Iain Smith e foi atendido por Johnson. Em discurso, o premiê afirmou não gostar de boicotes esportivos, mas que tomou a decisão por ser contra as violações de direitos humanos ocorridas na China.
Em 2020, surgiram denúncias de construção de campos de concentração, onde ocorriam torturas e estupros contra integrantes da etnia. Além disso, o governo da China ainda censura jornalistas e prende opositores, fato que preocupa o ocidente.
"A decisão da Austrália de não mandar representantes políticos aos Jogos demonstra que este país só sabe seguir cegamente o que fazem os outros. Não são capazes de distinguir o bem do mal", respondeu Pequim ao governo australiano.
O governo chinês ainda não se pronunciou sobre a decisão britânica. A Nova Zelândia também confirmou que não irá mandar representantes para o evento, porém, o país alega segurança sanitária. Alemanha e Japão já falaram em boicote, mas não anunciaram nenhuma ação oficial.
Por outro lado, a Rússia confirmou que o presidente Vladimir Putin foi convidado para acompanhar presencialmente a abertura dos Jogos. O evento ocorrerá entre 4 e 20 de fevereiro.
Foto: Reuters
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