Últimas Notícias

Daniel Nascimento alcança a segunda melhor marca do Brasil na história das maratonas


Se alguém tinha dúvidas, após a sua estreia em maratonas, no dia 23 de maio deste ano, em Lima, no Peru, o paulista Daniel Ferreira do Nascimento (ABDA-SP), de apenas 23 anos, comprovou neste domingo (5/12) o seu grande potencial em Valência, na Espanha, ao completar a rápida prova de 42,195 km em 2:06:11, terminando em nono lugar.

Números, muitas vezes, são frios. O resultado do atleta de apenas 23 anos, no entanto, é espetacular. Ele ficou a apenas 6 segundos do recorde sul-americano da prova, de 2:06:05, obtido pelo mineiro Ronaldo da Costa, em Berlim, em 1998.

Danielzinho, como é conhecido, venceu a Maratona do Peru, com 2:09:04, assumindo a liderança do Ranking Brasileiro e o índice para os Jogos Olímpicos de Tóquio, onde abandonou a prova por causa de uma contusão. O brasileiro foi o primeiro não-africano na classificação final em Valência. Com a marca, supera resultados de atletas consagrados do Brasil como Vanderlei Cordeiro de Lima e Marilson Gomes dos Santos, por exemplo.

O corredor, que nasceu em Paraguaçu Paulista, treinava há até pouco tempo com Neto Gonçalves, em Bauru. Agora, está morando e treinando no Quênia. Entre os seus resultados mais recentes estão o de brasileiro melhor colocado na São Silvestre de 2019, em que conquistou o 11º lugar. Em 2020, o atleta foi campeão da 14ª Meia Maratona de São Paulo, o que garantiu a ele vaga no Mundial de Meia Maratona, na Polônia, no qual ficou na 93ª colocação. Daniel Nascimento também representou o Brasil na Copa Pan-Americana de Cross Country, no Canadá, onde conquistou o 8º lugar, depois de conquistar o título brasileiro em Serra (ES).

Daniel teve momentos difíceis na carreira. Em 2019, por exemplo, abandonou o esporte e foi trabalhar como boia-fria no corte de cana-de-açúcar e arrancar mandioca em sua cidade natal.

O fluminense Daniel Chaves (Pinheiros), também atleta olímpico em Tóquio, foi impedido de competir neste domingo. O seu companheiro de quarto no hotel reservado pela organização para os competidores de elite teve resultado positivo para a COVID e o brasileiro foi afastado por “segurança”.

O queniano Lawrence Cherono foi o campeão, com 2:05:12, seguido do etíope Chalu Deso, com 2:05:16, e do queniano Philemon Kacheran, com 2:05:19. No feminino, a campeã foi a queniana Nancy Jelagat, com 2:19:31, seguida das etíopes Etagegne Woldu (2:20:16) e Beyenu Degefa (2:23:04).

A competição reuniu cerca de 14.000 corredores e a organização fez algumas alterações no percurso para deixar a prova mais rápida do que o habitual.

Foto: Divulgação

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar