A atleta israelense Gal Zuckerman (18) venceu neste mês de dezembro o Mundial Juvenil de vela na classe kiteboarding, categoria que estreará em Paris-2024, e não pode ouvir o hino israelense na cerimônia do pódio. A competição foi em Omã, país do Oriente Médio de maioria muçulmana e sem relações diplomáticas com o estado judeu.
Gal dominou as 18 regatas da prova e antes mesmo do fim da competição, já se sabia que ela conquistaria o ouro, o que fez a organização suspender a execução de todos os hinos no pódio. A atleta contou ao canal 12, emissora all-news de Israel, que antes da competição começar a delegação havia sido informada que em caso de vitória israelense, não haveria hasteamento da bandeira e a execução do hino do país.
A proibição dos hinos na cerimônia das outras provas se deu para disfarçar o ato contra Israel. No site oficial do evento, a delegação israelense não aparecia em fotos e não era divulgada, além disso não era permitida ligações entre integrantes da equipe e seus familiares em Israel.
As embarcações deviam correr sem a identificação do país. A participação israelense na competição ocorreu graças a regra que proíbe os países de praticar descriminação contra atletas por sua nacionalidade, sexo ou crença.
Apesar do ocorrido, Gal conta que foi bem tratada pelos organizadores, que antes das regatas lhe desejavam boa sorte e chegou a conversar via redes sociais com alguns deles.
Em 2015, no Mundial de windsurf, também em Omã, o atleta Maayan Domanovich teve que entrar no país com passaporte austríaco para participar.
Foto: Israel Saling Association
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