A jogadora Mahjabin Hakimi de 18 anos e integrante da seleção júnior de vôlei do Afeganistão, foi decapitada pelo grupo fundamentalista Talibã. A informação foi divulgada por uma de suas treinadoras ao jornal Persian Independent. Segundo ele, a atleta foi morta no início de outubro e o assunto foi mantido em segredo após a família receber ameaças para não revelar o caso. Em setembro, a BBC já havia divulgado o assassinato de outra jogadora de vôlei, que não teve a identidade revelada
A jogadora, que competia pelo Kabul Municipality Voleball Club, foi mais uma vítima da intolerância do grupo religioso que retomou o poder no país em agosto deste ano. O Talibã segue uma linha radical do Islã e retirou direitos das mulheres assim que assumiram o governo, proibindo inclusive a presença de mulheres nos esportes.
Mahjabin Hakimi, who used to be a part of the Afghan women's youth national volleyball team, has been beheaded by the Taliban in Kabul.
— . (@oyevivekk) October 20, 2021
The killing was done in early October, and that the issue remained hidden cz her family was threatened not to talk to anyone about it. 1/n pic.twitter.com/OXojIjaVzU
A ativista Malala Yousafzai é um exemplo. A Prêmio Nobel da Paz era proibida de estudar pelo Talibã, apenas pelo fato de ser mulher.
Após tomar conhecimento do caso, a FIVB (Federação Internacional de Voleibol) disse ter ido atrás de mais informações. Segundo relatos, apenas duas jogadoras da seleção júnior do país conseguiram fugir do país.
Um minuto de silêncio em homenagem à memória de Mahjabin, assassinada pelo Talibã no Afeganistão simplesmente por jogar voleibol.
— Gustavo do #ToFlyVolleyball (@ToFlyVolleyball) October 21, 2021
No telão, a foto da atleta. pic.twitter.com/mvdF4N2SIZ
Após a ocupação de Cabul pelo Talibã, países ocidentais se mobilizaram para retirar estrangeiros e afegãos que correriam perigo sob o regime autoritário do grupo. Foi assim que Zakia Khudadadi e Hossain Rasouli, atletas paralímpicos, competiram em Tóquio-2020. Na abertura, com a dúvida sobre a participação do país, um funcionário da ACNUR (divisão da ONU para refugiados) desfilou com a bandeira afegã. Sete atletas de taekwondo também conseguiram fugir e agora estão na Austrália com o status de refugiadas.
Foto: Reprodução/ Twitter
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