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Coluna Buzzer Beater - O que esperar de Raulzinho e Didi na temporada da NBA?



Na terça (19), teremos o início de mais uma temporada da NBA, a liga de basquete mais assistida e comentada no mundo. E como virou tradição desde o início do século XXI, temos brasileiros na liga. Os tempos dourados do Brasil com nomes como Nenê, Leandrinho, Varejão, Tiago Splitter e cia sendo peças importantes em suas equipes terminaram e teremos apenas dois jogadores brasileiros na liga – Raulzinho no Washington Wizards e Didi no New Orleans Pelicans. Mas o que esperar dos brasileiros nessa temporada 2021/22 da NBA?


Vamos começar com Raulzinho. O armador teve uma ótima temporada pelo Wizards, onde mesmo com a concorrência forte de Westbrook e Bradley Beal, o brasileiro mostrou seu potencial, aumentou seu leque dentro de quadra, e jogando muitas vezes como titular ao lado de Beal e Westbrook.  Raul deixou definitivamente de ser o clássico armador para se mostrar versátil, jogando nas posições 1 e 2 – e às vezes até na posição 3 -, atacando mais a cesta e defendendo sempre o melhor armador adversário – até porque West e Beal não defendem nem ponto de vista. 


Nessa Temporada, saíram o técnico Scott Brooks – entrou Wes Unseld Jr. – e Russell Westbrook. E com técnico novo, Raulzinho terá que remar de novo para agradar o técnico e vencer a concorrência mais forte, já que na troca de West para o Lakers, veio Kentavious Caldwell-Popp, um defensor que joga nas posições 2 e 3, além de Aaron Holiday e Spencer Dinwiddle que está machucado – no momento, Holiday é quem dividido os minutos com o brasileiro. 


Acredito que apenar dos nomes com reputação mais pesada na liga,  Raulzinho não deverá perder muito espaço, e deverá ser o nome que vai ser um dos principais da segunda unidade da equipe, e talvez titular em algumas partidas que precisem anular algum jogador ou outro, pois a julgar pela pré-temporada, os minutos da última temporada estão mantidos – médias de 17 minutos, 10 pontos na pré e médias 21 minutos e 8.7 pontos na temporada 2020/21.


Didi deve ter mais trabalho em arrumar espaço no New Orleans Pelicans, tanto é que até o momento em que esta coluna foi feita ele não está 100% na temporada. Seu nome aparece no roster da equipe, a liga permitiu a inscrição de 17 jogadores nessa temporada, mas sequer tem seu número divulgado na lista. 


Se ele for aproveitado na NBA e não na G-League, Didi pode jogar nas posições 2 e 3 e como já é um dom defensor, se aprimorar a bola de 3 pontos pode se tornar um bom ‘3 and D’ na liga. Mas Didi tem uma concorrência forte também: Nickeil Alexander-Walker, Josh Hart,Devonte Graham, Tomas Satoransky e Garrett Temple são os concorrentes do brasileiro, que na pré temporada, jogou apenas 6.8 minutos por jogo em 4 partidas.


Em uma equipe jovem e cheia de gás comandada por um Zion Williamson começa a ser pressionado como o super astro que se esperam dele, Didi vai ter que brigar por bastante por espaço e fazer muito nos poucos minutos que estiverem disponíveis pra ele nos ‘garbages’ da vida, pelo menos nesse início da temporada. Se ele conseguir agradar, pode ganhar mais minutos. E estou na torcida por isso, pois Didi é um ótimo jogador, com muito potencial.


Como dito acima, os tempos áureos do Brasil na NBA se foram e tem algum tempo, convenhamos. A liga está cada vez exigente e cada vez mais atletas de diversos países do mundo estão buscando um lugar entre os melhores dos melhores, mesmo com a NBA praticando um basquete um bem diferente do basquete praticado no resto do mundo – Me cobrem um dia uma coluna sobre isso meus seis (ou menos) leitores. Raulzinho e Didi terão que se aplicar em papéis secundários ou até terciários em suas equipes para poder jogar todas as noites com seus minutos, podendo aumentar ou diminuir. Mas vamos torcer que eles façam boas temporadas e seus times consigam ir longe na liga. 


fotos: Twitter de New Orleans Pelicans e Washington Wizards 


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